Acção social e alojamento. As soluções dos candidatos à AAUM

Propinas, acção social e alojamento universitário.

Três temas que têm estado, por estes dias, a marcar a actualidade no Ensino Superior e na Universidade do Minho em particular.

Com eleições à porta, e com a oportunidade dos dois candidatos à direcção da AAUM confrontarem ideias e projectos, os temas foram discutidos no debate promovido pela RUM e pela Comissão Eleitoral.

Rui Miguel Silva, candidato pela lista B, considera que “as propinas acabam por dificultar o acesso ao ensino superior de muitas pessoas” e, por isso, “devem ir sofrendo uma redução, mesmo que gradual, até eventualmente chegarem a zero”.

“Temos um ensino superior muito pouco financiado pelo OE, um dos mais baixos da UE. A Suécia tem 90% de cobertura de bolsas e ninguém paga propinas e é este o modelo pelo qual devemos lutar, sendo que a acção tem que ser claramente ao nível nacional”, defendeu Rui.

Já Nuno Reis, candidato pela lista A, defende “uma reflexão de base, que passe por perceber de onde é que vem o dinheiro para o Ensino Superior”. “Temos uma Constituição que defende um ensino progressivamente gratuito”, recordou o candidato, que acha que é preciso que os estudantes decidam se querem “mais acção social escolar, e de que forma a aplicar”, ou “propina zero”, porque, de facto, continua Nuno Reis, “é preciso aumentar o número de estudantes no Ensino Superior e isso faz-se alargando a base da acção social”.

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Quanto ao alojamento universitário, os dois estudantes do Minho têm visões diferentes. Nuno Reis, relembrou que “50% dos estudantes (da UMinho) não pede nem nunca recebeu um recibo” da renda que pagam mensalmente. Algo que, explicou, “gera muito difícil de analisar que é a economia paralela”. “É preciso fazer essa consciencialização de que o recibo é importante e obrigatório e é por isso que a AAUM disponibiliza um serviço de alojamento que faz disto condição obrigatória”, frisou o aluno de Engenharia e Gestão Industrial.

O candidato da lista A, e actual presidente, recordou que “a AAUM tem acompanhado as Câmaras Municipais de Braga e Guimarães no sentido de criar uma linha de alojamento certificada, com imóveis certificados, para que os estudantes não tenham que viver em barracos, mas sim em casas habitáveis”.

Nuno Reis promete “continuar a promover reuniões periódicas com as câmaras e Universidade, para perceber em que estado estão estas questões e as construções”. “Sabemos que, embora estes sejam processos demorados, muito provavelmente só estarão concluídos na próxima década, mas há um trabalho que tem que ser feito para que o inicio do próximo ano lectivo não seja tão caótico como este ano e isso passará por introduzir medidas alternativas, como é o caso do alojamento privado e certificado e a criação de redes de alojamento”.

Já Rui Miguel Silva explicou que a lista B considera que a alternativa passa por “uma defesa quase intransigente de um aumento substancial ao longo dos próximos 10/15 anos junto da tutela, para que seja feita uma maior cobertura do alojamento tanto no Minho, como pelo país inteiro”.

Nuno Reis e Rui Miguel Silva. Um deles será o próximo presidente da AAUM. A decisão está nas mãos do estudantes da UMinho e vai ser conhecida a 4 de Dezembro. 

Liliana Oliveira
Liliana Oliveira

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