ACT reconhece que há inspeções que ficam por fazer
A Unidade Local de Braga da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) assinalou, esta terça-feira, os 81 anos da presença em Braga e o centenário da inspecção de trabalho portuguesa com a realização de um Seminário Comemorativo no Museu dos Biscaínhos.
A sessão, que contou com a presença do Inspetor-Geral da ACT, Pedro Pimenta Braz, do subinspetor-Geral, Manuel Maduro Roxo e ainda do presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, teve como finalidade a reflexão e discussão dos actuais desafios colocados à instituição e suas perspetivas de desenvolvimento futuro.
Questionado pelos jornalistas, à margem da sessão, sobre se os inspectores ao serviço da Autoridade para as Condições do Trabalho são suficenetes, o subinspetor-Geral, Manuel Maduro Roxo reconheceu que há “inspeções que ficam por fazer” devido à falta de pessoal.
“Dizer se são suficientes ou não é uma questão de juízo político. Mas como é óbvio, gostaríamos de ter mais inspectores a trabalhar, porque, hoje em dia, há cada vez mais problemas e de maior dificuldade para resolver do que havia no passado”, apontou.
Segundo, o subinspetor-Geral da ACT, o odelo organizacional das empresas é “muito diferente” do que era há 20 anos atrás, o que obriga a instituição “a escolher sempre o que é mais importante, mais prioritário para resolver”. “Escolhemos aquelas que são mais importantes, que envolvem mais pessoas. As outras têm que esperar ou encontrar outras formas de resolução”, afirmou.
Actualmente, Braga conta com cerca de 20 inspectores, número que “até nem está mal”. “Sempre que temos um problema maior num determinado local , deslocámos meios e recursos para o efeito. Mas há zonas do país que estão bem piores do que Braga”, referiu.
ACT quer reduzir número de mortes
Um dos próximos objectivos da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) para os próximos tempos é continuar a reduzir o número de mortes no trabalho.
“Há 20 anos morriam cerca de 600 pessoas por ano, hpoje não chegam às 300. Claro que isto não é uma vitória, mas queremos continuar a lutar para que ninguém perca a vida durante o trabalho”, afirmou.
