Administrador dos TUB lança aviso a docentes da UMinho

O Administrador dos Transportes Urbanos de Braga (TUB), Baptista da Costa, acusa três docentes da Universidade do Minho de se apresentarem como “forças de bloqueio” à entrada dos autocarros TUB no interior do campus de Gualtar. Recorde-se que em 2015 as três entidades assinaram um protocolo de colaboração que, entre outros pontos, estabelecia o atravessamento de autocarros dos TUB no interior do campus de Gualtar.

Num encontro com a imprensa local, na sede dos Transportes Urbanos de Braga, o administrador denunciou que há “professores com poder de decisão” que apareceram como “forças de bloqueio”, apesar da iniciativa ser vista “com bons olhos” pelo reitor António Cunha e pelo presidente da CMB, Ricardo Rio.

Baptista da Costa referiu os nomes de Paulo Ramísio, Miguel Bandeira e Maria Manuel Oliveira (Presidente da Escola de Arquitectura). O primeiro, pró-reitor, “invoca questões técnicas e de segurança que são facilmente superáveis. O professor Miguel Bandeira também tem responsabilidades na mobilidade e a professora Maria Manuel que diz que o problema não está em cima da mesa, mas está ao colo e tem que ser resolvido e não são estes actores que vão impedir a vida de uma cidade que tem 100 mil habitantes e que está altamente poluída”, avisa.

Baptista da Costa relembra que na Universidade do Minho circulam 15 mil pessoas diariamente, “que têm de entrar e  sair” do campus, local que tem lugares de estacionamento “a mais” (1.700). O administrador dos TUB refere que os primeiros problemas colocados em cima da mesa pelos técnicos foram solucionados e que percebeu que afinal “há quem na Universidade do Minho não queira que os TUB entrem”. Baptista da Costa afirma que “o problema não era o ruído nem a poluição”. Depois de levantada essa questão a empresa conseguiu financiamento comunitário (3,5 milhões de euros) para aquisição de autocarros eléctricos, que a cidade pode vir a perder se não resolver os entraves da insituição até final de 2018.

Segundo aquele responsável, a Universidade do Minho “é hoje uma das principais fontes de poluição sobre a cidade, um problema identificado há vários anos”. Baptista da Costa avisa que já sentiu dificuldades parecidas quando fez o metro do Porto. “Há sempre resistências, pessoas com mais poder sempre se atravessam quando aparecem este tipo de soluções alternativas”, esclarece. No entanto, o administrador refere que se tratam de “pequenos actores” que têm que se colocar “mais disponíveis para colaborar”.

Paulo Ramísio avisa que não tem essa tutela há dois anos. Miguel Bandeira considera que acusações “não têm fundamentação”


Confrontado pela RUM sobre estas acusações, Paulo Ramísio começou por referir que não tem essa tutela há dois anos. O docente preferiu que as declarações não fossem gravadas, mas disse à RUM que quando analisou a situação “foram sugeridas algumas alterações na entrada”, sendo precisamente “a última informação” que disse ter recebido sobre o assunto. Já Miguel Bandeira, que antes de chegar ao executivo de Ricardo Rio era docente na Universidade do Minho afirma que as acusações de Baptista da Costa “não têm qualquer fundamentação”. “Não sei do que é que ele está a falar. Quanto a esse projecto, é um projecto que obviamente tem pressupostos técnicos, e portanto são os técnicos e não apenas, eventualmente, a vontade de uma pessoa que determinam a exequibilidade desse projecto”, defendeu.

Já a Presidente da Escola de Arquitectura da Universidade do Minho, Maria Manuel Oliveira, escusou-se a comentar declarações que desconhece.

O administrador dos Transportes Urbanos de Braga alerta que é preciso prosseguir, tendo em conta que até ao fim do ano de 2018 o plano tem de estar implementado, sob o risco de se perderem as verbas asseguradas através de fundos comunitários (POSEUR).

Elsa Moura
Elsa Moura

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Rádio RUM em Direto Logo RUM
NO AR Rádio RUM em Direto Próximo programa não definido
aaum aaumtv