“Afinal, o que é um refugiado”? A Cruz Vermelha explica

Ir à Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva para falar da recolocação de refugiados em Portugal. A iniciativa parte da necessidade de acabar com alguns mitos que persistem. “É necessário falar disso, de modo a esclarecer algumas dúvidas das pessoas”, revela Sónia Diz da Cruz Vermelha de Braga (CV).
Durante todo o dia, o comportamento de Portugal face aos refugiados estará em debate. Da Organização Internacional de Migrações, Luís Carrasquinho vem para explicar o trabalho desta entidade.
A Bogalha, instituição responsável pelo acolhimento de algumas famílias em Braga, é uma das quatro instituições de acolhimento que estarão presentes. Discutir o acolhimento e o sucesso daqueles que cá iniciaram uma nova vida, são os propósitos destas organizações.
Mariam Eissa, aluna da UMinho, também faz parte do painel de palestrantes. Veio da Síria e agora, em solo nacional, quer ser o elo de ligação entre Portugal e Médio Oriente.
“Refugiado”: uma palavra tão familiar
Em 2015, “refugiado” ganhou o prémio de palavra do ano, num pódio onde “terrorismo” e “acolhimento” também arrecadaram medalhas. Em mais de 20 mil portugueses que participaram, 31% consideraram que essa seria a palavra certa para definir o ano em que o mar mediterrâneo se tornou guilhotina.
A crise não tem data de início e o fim ninguém consegue prever. Milhares saíram do Médio Oriente rumo ao continente europeu. No horizonte, a chegada a um porto seguro que muitos não conseguiram pisar.
Na tão desejada Europa, milhares esperam por uma solução que tarda em chegar. Quem aqui sempre esteve, abre os braços ao acolhimento ou, por outro lado, receia o que poderá acontecer amanhã.
Em Portugal não é diferente. Entre “bem-vindos” e “é melhor não virem”, as opiniões dividem-se. O medo retarda uma resposta humanitária urgente.
Por: Paulo Costa
