AGERE dá nota positiva ao processo de contentorização

A AGERE já colocou na rua os cinco mil contentores do lixo. Parte deles ainda não estão fixados, porque passaram por uma fase de avaliação do local mais apropriado para a sua instalação. Rui Morais, administrador da AGERE, afirmou, à margem da conferência de imprensa desta terça-feira para apresentação da campanha da factura eletrónica e débito directo, que a avaliação que chegou à empresa municipal a propósito do novo sistema de contentorização “é muito positiva”.
“Estamos na fase de regularização da localização. Alguns contentores ainda estão em cima do jardim, mas vai ser feito o recorte, sendo que estamos a ver se era a localização ideal”, explicou o administrador.
“Há ainda muita gente que coloca directamente os resíduos nos contentores”
Agora, o objectivo, diz Rui Morais, é sensibilizar a população para o uso dos contentores, sobretudo na área da restauração. Há ainda algum uso pouco apropriado da contentorização, diz o responsável. “Ainda temos um caminho a percorrer, essencialmente, na forma como as pessoas colocam o lixo nos contentores, porque há ainda muita gente que coloca directamente os resíduos nos contentores”, detalhou Rui Morais, que adianta que têm conversado com “as pessoas nos locais, apercebem-se do erro que estão a fazer e corrigem”.
A AGERE vai continuar a fiscalizar as situações de infracção, como a colocação do lixo fora do contentor. “Numa primera fase, sendo identificada a pessoa é aberto o processo, mas é arquivado, no sentido de demonstrar à pessoa que errou. Na segunda vez, já não. O nosso objectivo não é ganhar dinheiro com coimas, mas sim que as pessoas mudem os hábitos. Uma coima pode ir de 50 a 500 euros”, explicou Rui Morais.
Questionado sobre este novo sistema de contentorização poderá influenciar a percentagem de lixo reciclado, o administrador da AGERE diz que esses números não poderão ser avaliados já.
A AGERE faz lavagens dos contentores de “15 em 15 dias”, uma frequência que ultrapassa a sugerida pela Entidade Reguladora, que aponta as lavagens para de “2 em 2 meses”.
“A recolha selectiva aumentou praticamente 15%, as pessoas estão a reciclar mais, mas apanhamos uma fase em que colocamos os contentores e população aumentou. Fruto de estarmos numa vertente económica mais favorável, os resíduos aumentaram mas a reciclagem também”, explicou, considerando que não é previsível que a contentorização venha a afectar os números da reciclagem dado que “as pessoas podem meter tudo no contentor do indiferenciado mas também há muita gente que punha o lixo à porta de casa e agora já que tem que ir ao contentor pode por o plástico no sítio certo”.
