AIMinho vai mesmo encerrar

O Tribunal de Vila Nova de Famalicão decretou hoje a “liquidação e encerramento” da Associação Industrial do Minho (AIMinho) depois de a assembleia de credores ter rejeitado um plano para recuperar a instituição da insolvência.
Segundo referiu no final da sessão o advogado da AIMInho, Hélder Gandarão Oliveira, “vão de imediato para o desemprego cinco pessoas”, sendo que aquela associação já teve mais de 30 trabalhadores. A partir de hoje a AIMinho encerra a sua actividade.
A comissão de credores nomeada (Caixa Geral de Depósitos, Novo Banco e IEFP) conjuntamente com o administrador da insolvência”vão encerrar a empresa e liquidar o que houver para liquidar”. Segundo o advogado, entre os bens constam as instalações junto ao FORUM Braga, e um outro imóvel em Viana do Castelo. “Com a venda dos bens vão pagar aos credores, mas esta venda não irá liquidar todas as dívidas”, referiu o advogado. Recorde-se que a dívida é de 12 milhões de euros. Hélder Gandarão disse ainda que se este não fosse o desfecho, a AIMinho “conseguiria pagar a toda a gente”.
Na acta da sessão, o representante da AIMinho fez questão de que constasse a “profunda tristeza” da associação pela decisão dos seus credores, salientando o “empenho e esforço” da comissão executiva para que fosse outro o desfecho do processo e apontou o dedo ao Estado, ao qual atribuiu a “situação de exceção” da AIMinho.
O advogado referiu depois que o Estado deve à AIMInho “uns largos milhares de euros” que dariam para “equilibrar as contas” da associação.
A RUM contactou o presidente da AIMinho, António Marques, que remeteu esclarecimentos para o comunicado enviado às redacções.
RUM Com Lusa
Áudio:
Declarações do Advogado da AIMinho à saída do Tribunal
