“Ainda são precisas muitas marchas LGBT”

Braga prepara-se para receber a VII Marcha LGBT. A iniciativa que pretende sensibilizar a população para os direitos LGBT é organizada pelo movimento Braga Fora do Armário, um colectivo de ativistas para a promoção e a defesa dos direitos das pessoas LGBT, na cidade dos arcebispos.
“Combater a opressão, ninguém larga a mão” é o tema da marcha de 2019, agendada para 8 de Junho. Em declarações à Universitária, Pedro Godinho, porta voz do movimento, refere que o país e a região ainda precisam de muitas marchas LGBT, apesar de reconhecer que “já há mais apoio”. “Ainda existe muita discriminação na cidade de Braga e no distrito. Na realidade são precisas várias marchas e medidas concretas dos governos para que esse preconceito e essa discriminação possa diminuir”, admite.
Uma marcha que a cada ano vai somando mais participantes, vindos de vários pontos do país e até da vizinha Galiza. Pedro Godinho afirma que a expectativa do colectivo é “mobilizar mais pessoas e mais jovens para esta marcha”, dando o exemplo de sucesso de outras marchas que desde o início de 2019 têm decorrido no país. “Vimos grandes manifestações no Dia da Mulher e na greve climática estudantil, por isso as expectativas que temos é que consigamos mobilizar mais pessoas para esta marcha, sobretudo jovens”, acrescenta aquele porta-voz.
Braga Fora do Armário defende formação para funcionários públicos e mais debate nas escolas
Marchas ainda muito necessárias na sociedade portuguesa, e de modo particular na sociedade bracarense. “São necessárias medidas do governo central e a nível local”, avisa Pedro Godinho que sugere formação aos funcionários públicos, além de um reforço do debate destes temas nas escolas tendo em vista “mais respeito pelas orientações sexuais mas também pelas próprias identidades”.
O porta-voz realça que o bullying “está intimamente ligado com os preconceitos que ainda existem na sociedade”. Não corresponder ao modelo que a sociedade tem como ideal é ainda motivo de preconceito e chacota, na rua ou nas escolas.
Áudio:
Pedro Godinho, porta-voz do colectivo de activistas para a promoção e defesa dos direitos das pessoas LGBT em Braga
