Airbus investe 40 milhões em unidade em Santo Tirso

A Stelia Aerospace, uma empresa do universo Airbus, vai investir 40 milhões de euros na abertura de uma nova linha de montagem em Santo Tirso, distrito do Porto. A empresa tem cinco unidades e diversas subsidárias em África e na América, onde produz aeroestruturas, assentos de piloto e assentos de passageiros de Primeira Classe e Classe Executiva. Agora prevê criar 240 postos de trabalho, “30 dos quais altamente qualificados” em Santo Tirso, segundo um comunicado divulgado nesta terça-feira, escreve esta terça-feira o Público.

A notícia deste investimento tinha sido avançada no sábado pelo semanário Expresso, mas o nome do investidor e outros detalhes continuaram em segredo. Agora, a AICEP –Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal confirma a escolha de Portugal. 

As razões, diz a agência, são a “relevante experiência no sector aeronáutico, a disponibilidade de talento, a integração na Zona Euro e a proximidade geográfica com as localizações francesas da Stelia Aerospace” (o que facilita a logística), lê-se numa nota distribuída pela mesma entidade pública, responsável pela captação de investimento estrangeiro em Portugal.

“Esta nova unidade desenvolverá as actividades de assemblagem de subconjuntos de estruturas aeronáuticas, que serão depois exportadas para as unidades da Stelia Aerospace de Méaulte e Rochefort, em França, para aí serem integradas. A actividade começará no final [de 2019] e aumentará progressivamente para atingir a velocidade cruzeiro até 2023”, lê-se ainda.

A empresa factura 2200 milhões de euros por ano – mais ou menos o mesmo do que poderá valer a venda da Brisa, concessionária das auto-estradas, segundo o negócio anunciado na semana passada. Tem 7000 trabalhadores (4500 em França e 2500 na América do Norte, Tunísia e Marrocos) que projectam e fabricam desde secções de fuselagem para todo o grupo Airbus, asas para ATR, fuselagens centrais para a Bombardier e componentes complexos metálicos e compósitos para a Boeing (a maior concorrente da Airbus), a Embraer, a Northrop-Grumman.

“A criação desta nova unidade faz parte da estratégia da criação da Stelia Aerospace”, diz Cédric Gautier, presidente-executivo desta subsidiária da Airbus. “Isso também permitirá absorver potenciais aumentos de actividade dos nossos clientes”, destaca.

É um investimento que “reforça a posição de Portugal no sector aeronáutico”, considera por seu lado o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, que esta terça-feira de manhã visitou uma outra empresa do concelho de Santo Tirso, de capitais suíços, que fornece revestimento de assentos e tapetes a 320 companhias aéreas de todo o mundo. “O sector aeronáutico não existia há coisa de uma década, hoje em dia já é responsável por 1,4% do PIB, fortemente virado para as exportações, e continuamos a atrair investimento qualificado neste sector”, argumenta o governante.

Público

Redação
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