Alterações e Justiça climática em debate na Fundação Cupertino de Miranda

A Fundação Cupertino de Miranda, em Vila Nova de Famalicão, recebe, no próximo sábado, um workshop sobre Alterações Climáticas e Justiça Climática.
Na iniciativa, que surge da organização conjunta entre a ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável – e a Associação Famalicão em Transição, vão ser debatidos, com especialistas, os últimos dados mundiais relativamente às alterações climáticas.
Além disso, a sessão vai ainda dar a conhecer casos de cidadãos que abraçam um processo judicial contra a Comissão e o Parlamento Europeu, no qual exigem maior ambição europeia nas metas traçadas para combate às alterações climáticas.
“Há famílias que já estão a ser afectadas por alterações climáticas. No total, 10 famílias e uma associção juvenil colocaram o Parlamento Europeu e a Comissão Europeia em Tribunal, porque apelam a que sejam assumidas alterações por parte da política europeia e que o Tribunal assuma que as alterações climáticas são uma questão de direitos humanos e que a União Europeia é responsável por proteger os seus direitos, não só deles mas das gerações futuras, é fundamental proteger a população dos efeitos adversos das alterações climáticas”, explicou à RUM Nuno Forner, da ZERO.
Neste sentido, serão apresentados factos, argumentos e as histórias, juntando-se ao debate elementos de três famílias envolvidas no processo judicial, que ainda decorre no Tribunal Europeu.
Na sessão vão estar presentes alguns especialistas na matéria, entre eles Francisco Ferreira, professor universitário e presidente da ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável, Paulo Magalhães, jurista, fundador da Casa Comum da Humanidade.
“Deve a proteção das pessoas face aos efeitos das alterações climáticas ser considerada como um direito humano?”; “A proteção das populações contra os efeitos das alterações climáticas é uma obrigação dos decisores políticos?” serão algumas das questões levantadas.
Para Catarina Oliveira, da Associação Famalicão em Transição, o tema “tem envolvido cada vez mais pessoas, principalmente jovens, que estão mais sensibilizados e informados sobre este tema”, considerando “pertinente e importante as pessoas estarem informadas, porque muito se fala e se contesta mas é preciso ter uma informação base que dê possibilidade de discutir a sério sobre o assunto”.
A iniciativa tem entrada livre, carencendo de inscrição prévia.
Programa
15h00 || Sessão Oficial
. Paulo Cunha* – Presidente da Câmara Municipal de Famalicão
. Pedro Álvares Ribeiro* – Presidente da Fundação Cupertino
de Miranda
. Manuela Araújo, Presidente da Associação Famalicão em
Transição
. Francisco Ferreira, Presidente da ZERO – Associação
Sistema Terrestre Sustentável
15h30 || “O cenário de alterações climáticas. O hoje e o
amanhã!”
. Francisco Ferreira, Professor na Universidade Nova de
Lisboa e Presidente da ZERO
15h50 || “O Sistema Terrestre é um Bem Comum
indivisível, mesmo sobre um ponto de vista jurídico”
. Paulo Magalhães, Jurista, Fundador da Casa Comum da
Humanidade
16h10 || Debate
. Moderador Catarina Oliveira, Associação Famalicão em
Transição
16h45 || “People´s Climate Case stories”
Visualização de alguns testemunhos das famílias envolvidas
no processo em tribunal
17h15 || Debate
. Moderador Francisco Ferreira, Associação ZERO.
Demandantes no processo “People´s Climate Case”:
. Armando Carvalho, Eng. Florestal
. Ildebrando Conceição, Apicultor
. Joaquim Caixeiro, Talhante na Herdade Freixo do Meio
18h00 || Encerramento
*a confirmar
