Altino Bessa critica deputados de esquerda eleitos por Braga

O presidente da concelhia do CDS-PP de Braga lamenta o que considera ter sido a “falta de empenho” dos deputados do PS, BE e CDU eleitos por Braga na proposta apresentada pelo CDS para o Orçamento de Estado 2019 que poderia poupar aos cofres do município de Braga cerca de 80 milhões de euros. 

Os centristas apresentaram uma proposta de extinção das parcerias público privadas nas câmaras municipais, mas a mesma foi chumbada pela esquerda. Ora, a alteração beneficiaria o município bracarense que ainda não conseguiu afastar-se da SGEB, a Sociedade Gestora de Equipamentos de Braga, que surgiu na era de Mesquita Machado tendo em vista a construção e manutenção de equipamentos desportivos em praticamente todas as freguesias do concelho.

Ora, o CDS de Braga não compreende a rejeição por parte dos partidos da esquerda, criticando de forma afincada a postura dos deputados do PS, CDU e BE eleitos pelo distrito e conhecedores profundos desta parceria público privada estabelecida durante a gestão socialista.

Altino Bessa, que apelida esta PPP como “o maior cancro financeiro da Câmara de Braga”, lamenta que o PS nacional e os deputados de Braga, do PS, do PCP e Bloco “muito empenhados em determinadas causas”, não se tenham empenhado “minimanente” nesta causa que iria poupar aos munícipes cerca de 80 milhões de euros.

A proposta visava que o governo autorizasse que se excedesse o endividamento actual da Câmara Municipal de Braga “para poder acomodar esta PPP”, até porque, lembra Altino Bessa, “a dívida está lá”. O centrista recorda que os juros pagos pelo município “são altamente penalizadores”. 

“Aqui fica uma responsabilidade clara do Partido Socialista, do Bloco de Esquerda e do PCP na Assembleia da República que chumbaram a proposta do CDS que era altamente vantajosa para os cofres do município”, avisou o líder da concelhia centrista de Braga.