Alunos afirmam que tecnologia ajuda no sucesso escolar

Braga recebe, esta quarta-feira, o Seminário Internacional do Consórcio Learning Technology Accelerator, um projecto europeu financiado pela Comissão Europeia, através do Horizonte 2020.
Cerca de 1200 alunos e professores da Finlândia, Bélgica, Itália, Espanha, Alemanha, Áustria , Hungria e Portugal foram auscultados através de um inquérito com o objectivo de reunir uma série de indicações para a aquisição de tecnologia ao serviço do ensino. Em Braga, os inquéritos foram enviados “aos 12 agrupamentos e ao Conservatório” e obtiveram-se “130 respostas”.
Como complemento aos inquéritos, foi realizado na Escola de Cabreiros um School Lab.
António Direito, representante do Município de Braga na reunião que se realiza esta quarta-feira no gnration, adianta que da análise às respostas dos alunos bracarenses se pode concluir que “tanto professores como alunos, 83%, referem que é necessário haver formações específicas na utilização de tecnologias”, sendo que os “alunos acham que é importante haver um software específico para professores”.
“Tanto alunos como professores consideram que as principais competências devem ser saber ler e escrever e isso, em alguns casos, está em desuso sobretudo pelo uso tecnologias, daí o investimento na escola. Quando nos falam em aprendizagem ao longo da vida achamos interessante serem os alunos do 7.º ano a falarem desta questão”, completou.
Em Braga, os estudantes consideram pertinente “ter a tecnologia para os ajudar a ter sucesso na escola” e “54,5% dos alunos acham que a escola devia providenciar equipamentos iguais para todos, sendo que 45,5% acham que cada um devia trazer o seu dispositivo”.
Além destas conclusões, António Direito vai apresentar na sessão um exemplo do uso da tecnologia ao nível do conhecimento e do ensino. Chama-se Plataforma + Cidadania e permite aos alunos aprofundar conhecimentos sobre os municípios que compõem o quadrilátero (Braga, Vila Nova de Famlaicão, Barcelos e Guimarães).
Objectivo é identificar necessidades e barreiras ao uso de tecnologias nas escolas
O projecto pretende ouvir professores e alunos sobre as suas necessidades e barreiras que impedem o uso de tecnologia ao nível do ensino.
Para isso, foi já desenvolvido um projecto complementar que procurou “desafiar os fornecedores de tecnologias para criar protótipos” que pudessem ajudar nas actividades lectivas, por exemplo com alunos com alguma deficiência.
António Direito explicou ainda que o Seminário que se realiza agora em Braga pretende ser uma forma de reunir toda a informação recolhida nesta fase de auscultação, sendo que depois o objectivo é fazer uma iniciativa do género em Braga para, “desmistificando conceitos, chamando as escolas e mostrando que podem beneficiar e auscultar alunos e professores, perceber o que é que no terreno faz falta”.
Actualmente, o pouco financiamento da Comissão Europeia serve apenas para estas pequenas reuniões.
Desta vez foi Braga a receber o consórcio internacional. No gnration, 25 pessoas de diferentes países trocam ideias sobre este primeiro projecto europeu de Contratação Pública Inovadora no Sector da Educação e reunem informação sobre a ascultação feita nas escolas.
“Daqui vai resultar a constituição de um caderno de encargos para procedimentos públicos internacionais, com vista a adquirir a tecnologia que vier a ser desenhada no âmbito deste projecto. Vamos apresentar um cenário de investimento em que os nossos alunos possam ter um novo modelo de financiamento”, finalizou o representante do Município.
