Alunos de Tadim saem da escola para aulas de Ed. Física

A Escola EB 2/3 de Tadim continua a reclamar a construção de um pavilhão desportivo para servir os seus alunos.

Neste momento os alunos da escola continuam a ter de sair do perímetro escolar para terem aulas de Educação Física. O percurso já foi feito de autocarro, mas, neste momento, os alunos fazem este trajecto a pé, acompanhados por um auxiliar educativo. Uma situação que origina alguns problemas de segurança para os próprios estudantes.

O director do agrupamento escolar, José Sil, garantiu à RUM que a situação tem influenciado a ida de alunos para esta escola: “É uma avaliação menos positiva que é feita pela comunidade. É uma carência que é apontada pelos encarregados de educação no momento de inscrição dos seus educandos numa escola”. José Sil deixou claro que espera que haja “vontade política” para se resolver esta situação até porque, frisa, “os encarregados de educação fazem questão de nos ir relembrando da situação. As direcções das associações de pais têm tido o cuidado de reivindicar junto da direcção-geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) e da autarquia a falta deste equipamento”.

A situação gerou preocupação a Pedro Soares, deputado do Bloco de Esquerda, que ontem visitou a escola. “Quando o pavilhão foi construído servia determinados objectivos, mas hoje a realidade é diferente. A deslocação para fora do perímetro escolar de alunos para frequentarem aulas de Educação Física não faz qualquer sentido”, explicou o deputado bloquista que frisou que “faz todo o sentido equacionar a possibilidade de se construir um novo pavilhão”. “É isso que vamos equacionar”, garantiu.

Nesse aspecto, o director do agrupamento escolar deixou a certeza que haveria terreno para que pudesse ser construída esta infra-estrutura necessária aos alunos.

Erro do Ministério mantém fibrocimento nas placas de cobertura da escola

Esta escola em Tadim continua com coberturas de fibrocimento que contém amianto no seu espaço escolar devido a um erro do Ministério da Educação. Há dois anos, o Ministério publicou uma lista das escolas que necessitavam de ser intervencionadas onde não constava o nome desta escola, apesar da existência da substância nas placas que servem a cobertura escolar.


A direcção da escola já reclamou da situação registada, mas ainda não obteve qualquer resposta por parte da tutela. Pedro Soares, deputado do Bloco de Esquerda, durante uma visita realizada à escola para se inteirar das condições da mesma no início do ano escolar, já prometeu intervir sobre esta matéria. “Por um erro de apreciação, esta escola não foi incluída na listagem das escolas a serem intervencionadas. É preciso alterar isso rapidamente e vamos reclamar, junto do Ministério, para que a escola seja incluída nessa lista e para que o problema seja rapidamente resolvido”, garantiu Pedro Soares.

Psicólogo em falta marca abertura de ano lectivo

A escola abre esta quinta-feira as suas portas aos alunos, mas volta a ter um “problema grave” por resolver, confesseu o director do agrupamento escolar. A instituição vai arrancar um novo ano lectivo sem psicólogo, algo que preocupa José Sil que explicou que “ainda não houve autorização do Estado para a contratação de um psicólogo”. O responsável educativo esclareceu que “em termos de recursos humanos é fundamental que o despacho seja publicado para que se dê suporte a algumas das necessidades da escola”.

Escola poderá ser destino final de alunos da Alfacoop

A escola tem sofrido, ao longo dos últimos anos, com o desvio de estudantes para a cooperativa Alfacoop, em Ruilhe. Recorde-se que o estabelecimento de ensino privado ofereceu um ano de escolaridade aos seus alunos, algo que, para o deputado Pedro Soares, revela que a verba alocada à Alfacoop poderia ser superior à necessária. “O impacto do fim dos contratos de associação foi inferior ao expectável em Tadim, isto porque o colégio privado decidiu manter um ano de ensino de forma gratuita”. Para Pedro Soares, essa situação revela que “possivelmente as verbas alocadas para o serviço privado eram superiores às necessárias e só assim é possível que o colégio continue a funcionar sem qualquer contribuição do Estado”.

Uma opinião que acaba por ser partilhada por José Sil, da Escola de Tadim, que considerou que esta é, para a Alfacoop, “uma estratégia de sobrevivência”.

Face a esta situação, o director escolar mostrou-se preocupado uma vez que, considerando a mesma lógica, “para o ano a Alfacoop poderá não ter suporte para o 5º, 6º, 7º e 8º anos. Se a escola fechar poderão ter que afunilar os alunos para aqui e as instalações poderão revelar-se escassas”, acusou.

Daniel Silva
Daniel Silva

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