Alunos NEE de Braga impedidos de continuar estudos

Há alunos com necessidades educativas especiais em Braga que “estão impedidos” de continuar os seus estudos. A denuncia é do PCP de Braga e resulta de uma reunião da delegação comunista com um conjunto de pais e encarregados de educação de jovens alunos dos 2º e 3º ciclos da Escola Básica de Gualtar.

“Há, neste momento, seis alunos da escola de Gualtar, que sofrem de autismo e, que estão de certa forma detidos na escola básica, uma vez que já completaram a idade entre os 16 e os 18 anos. Logo, o que seria normal era que pudessem prosseguir os seus estudos no ensino secundário, neste caso concreto na escola secundária do agrupamento, a Escola Secundária Carlos Amarante (ESCA). Ora, esse desejo tem sido impedido, todos os anos, uma vez que não se tem procedido à abertura de turma para estes alunos na escola secundária”, explicou o vereador da CDU na câmara Municipal de Braga, Carlos Almeida.

O vereador comunista diz que “os pais estão indignados” com esta situação. “Os pais têm solicitado várias informações, nomeadamente à direcção do agrupamento, que empurra responsabilidades para a Direção dos Estabelecimentos de Ensino (DGEste), que por sua vez diz que cabe ao agrupamento decidir se abre ou não a sala para estes alunos”, afirmou o vereador comunista.

Ora, o PCP de Braga “considera esta situação gravíssima”, porque “a escola pública é uma escola inclusiva e, por isso, tem que dar resposta às necessidades destes alunos”.

O PCP já deu entrada de uma pergunta na Assembleia da República exigindo uma intervenção do governo. “Por um lado, queremos que o Ministério tenha conhecimento da situação, pois também acreditamos, infelizmente, que esta situação aconteça noutras escolas, e depois esperamos uma intervenção do Governo junto da Direção dos Estabelecimentos de Ensino (DGEste), de forma a garantir, já no próximo ano lectivo (2016/2017), as condições para que estes alunos possam prosseguir os seus estudos no ensino secundário”, assumiu Carlos Almeida.