Âncoras levantadas: está aí o Estaleiro

Âncoras levantadas: está aí o Estaleiro, festival que decorre este sábado no antigo Estaleiro Naval Esposende e que traz às margens do Cávado nomes como Conjunto Corona, Allen Halloween, Sereias ou Eric Copeland.

O evento, que acontece pela primeira vez, reúne os esforços da associação A Macho Alfa, de Barcelos, e da associação NICE – Núcleo de Intervenção Cultural de Esposende. O cruzamento de ideias entre agentes culturais de ambas as cidades, fulcral para o emergir do festival, surgiu, revela Hugo Cunha, d’A Macho Alfa, pela vontade de “dinamizar um eixo geográfico e cultural entre Barcelos e Esposende”. 


A ideia de descentralizar a cultura, “não só no Porto e em Lisboa mas também em Braga, Guimarães e Famalicão”, é “uma grande motivação” porque faz com que cidades em que os programadores habitam, no caso Barcelos e Esposende, “possam também ter coisas a acontecer, com uma programação actual e pertinente”.


O Estaleiro tenta, por isso, além dos artistas que apresenta, ser disruptivo no conceito de festival marginal. A escolha do espaço onde o festival decorre, o antigo Estaleiro Naval de Esposende, pontifica essa ideia, ao ter a vontade, esclarece Hugo Cunha, de “mostrar Esposende como uma cidade que é mais do que turismo ou praia”. 

“Esposende é também uma cidade de pessoas que a habitam e a ideia de podermos fazer um festival que tem uma projecção – que esperamos ser regional – , ao trazer as pessoas a uma localidade que está conotada nacionalmente como sendo turística, é para nós uma motivação muito grande”.

Programa pensado pela “forma actual de se ver concertos”

O festival, que se divide em dois palcos – interior e exterior -, trará às margens do Cávado nomes como o nova-iorquino Eric Copeland, artista experimental/noise da DFA Records e que já colaborou com os Animal Collective, o hip-hop desenfreado dos Conjunto Corona, a poesia urbana de Allen Halloween, ou jazz-punk libertino dos Sereias. Não há, aparentemente, um leitmotiv claro no programa, desejo que a programação explica como sendo “a forma actual de ver concertos”.

“Pode não ser uma programação óbvia ou linear mas isto tem a ver com o facto de esta ser a forma como nós ouvimos e consumimos música: hoje em dia as pessoas ouvem várias coisas, nós somos assim, e fizemos questão que o festival também o fosse”.

Estaleiro é para continuar

A vontade futura da organização é continuar com o festival mas em diferente escala. “Este ano, há características do evento que o tornam difícil descrevê-lo como um evento diário: há vários concertos, que começam cedo e acabam tarde, dois palcos e uma zona de alimentação, ou seja, há toda uma estrutura criada para que as pessoas que vão ao Estaleiro se sintam num festival. No futuro, o Estaleiro pode acontecer numa escala maior, com mais dias”, completa.

As portas do Estaleiro abrem às 17h00 deste sábado. Os bilhetes para o festival em pré-venda ainda estão disponíveis e custam 10€. Podem ser adquiridos aqui.

Programação do Estaleiro:

18h45 – Iguanas (exterior)

19h45 – Conjunto Corona (exterior)

22h00 – Sereias (exterior)

23h00 – Eric Copeland (interior)

00h00 – Allen Halloween (exterior)

01h00 – Ohxalá (interior)

Pedro Magalhães
Pedro Magalhães

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