“André Soares foi um génio criativo” 

Palácio do Raio, Museu dos Biscainhos ou Bom Jesus. Com maior ou menor contributo, estes monumentos tiveram ‘mão’ de André Soares, arquitecto que morreu há 250 anos.

Sendo uma figura bracarense ligada ao rococó, estilo que derivou do barroco, André Soares é apelidado pelo investigador Rui Ferreira como um “génio criativo”, que, “a partir de gravuras de livros com que terá contactado, conseguiu criar um estilo”. “Não é um estilo original na totalidade porque se baseia em elementos do rococó, mas, a partir desses elementos decorativos, criou novas formas”, explica. 


O especialista na área do património dá o exemplo da fachada da Igreja dos Congregados, que, no seu entender,  é uma “obra única”, já que “não se vê uma igreja com aquelas linhas e com aqueles volumes noutro sítio do país”. A Capela de S. Miguel-o-Anjo, a Capela de Guadalupe e o Hospital de São Marcos são outros exemplos do trabalho desenvolvido pelo artista nas vertentes da talha e da arquitecutra.

André Soares nasceu em 1720 e morreu em 1769. Apesar de ter vivido no século XVIII, só mais tarde é que começou a ser reconhecido. “Ele viveu no anonimato durante mais de 200 anos até o investigador norte-americano Robert Smith perceber a importância da sua obra e, de alguma forma, alertar-nos a todos para a importância daquilo que ele fez”, refere.

A partir desta segunda-feira e ao longo de um ano, o município de Braga vai homenagear o artista bracarense, visto que se assinalam os 250 anos da morte em 2019 e os 300 anos do nascimento em 2020.

Tiago Barquinha
Tiago Barquinha

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