Ano Internacional da Tabela Periódica une estudantes

Construir uma tabela periódica humana. Foi assim que a Universidade do Minho e a cidade de Braga assinalaram a abertura oficial do ano Internacional da Tabela Periódica. Uma actividade lúdica que colocou 133 estudantes das escolas secundárias Aberto Sampaio e Sá de Miranda de sorrisos no rosto e símbolos químicos em riste.

Uma nova forma de aprender que tem também um cariz histórico. João Paulo André, responsável pela organização da iniciativa e professor da Escola de Ciências da UMinho, esclarece que faz 150 anos que o russo Dmitri Ivanovich Mendeleev “propôs a ordem actual da tabela periódica”. 

Durante o ano de 2019, vários países vão dinamizar iniciativas como “palestras, peças de teatro, concursos inter-escolas e a construção de uma tabela periódica gigante em croché feita por estudantes oriundos de todo o mundo”.

O concurso com formato televisivo irá decorrer a 5 de Abril. João Paulo não tem dúvidas que este é um excelente motor para que mais jovens “fiquem com uma percepção mais profunda da importância da tabela periódica já que esta não está muito presente no nosso dia-a-dia”.

A formação de Tabelas Periódicas Humanas decorreu em várias cidades do país esta segunda-feira, entre elas Porto, Lisboa, Coimbra, Aveiro, Vila Real, Évora, Tomar, Funchal, Covilhã, Faro e Castelo Branco. 

Química mais inclusiva

Da escola Secundária Sá de Miranda chegaram 20 alunos com dificuldades educativas. Maria Gorete e Pinto, professora na instituição de ensino, explica que o grupo esteve envolvido na actividade através da “elaboração dos cartazes” que os colegas utilizaram para construir a tabela periódica. 

Para a professora esta é uma forma de “estimular conhecimento”. Muitos dos estudantes já conseguiam “verbalizar e associar os símbolos ao seu significado”, o que resulta num enriquecimento do vocabulário e conhecimento científico.

Já do lado dos estudantes, esta foi uma iniciativa interessante para, de uma forma divertida, aprender “o lugar dos símbolos na tabela periódica”, assim como perceber a “importância de algumas substâncias no nosso dia-a-dia”.