ANTRAL vai processar Câmara Municipal de Braga

A Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) vai processar a Câmara Municipal de Braga. Em causa, o que dizem ser a falta de respostas concretas aos pedidos feitos a Ricardo Rio para que a autarquia impeça a circulação da UBER na cidade dos arcebispos. O presidente da Antral, Florêncio Almeida, disse que a presença da empresa no nosso país “é ilegal e quem não cumpre com as decisões do tribunal está a incorrer num crime de desobediência e, naturalmente, a ANTRAL vai mover um processo contra a CMB”.
Confrontado com as preocupações dos taxistas bracarenses e respectivos representantes, o presidente do município, em declarações à RUM, garantiu que nada pode fazer para impedir o funcionamento da plataforma online de transportes de passageiros. Ricardo Rio disse que essa é “uma questão da responsabilidade do governo central e não dos municípios”. “É preciso que haja informação mais clara e rigorosa sobre esta matéria”, acrescentou.
Florêncio Almeida não ficou satisfeito com a resposta de Ricardo Rio e disse que a autarquia deveria ter “proibido” a entrada da UBER em Braga. “A Câmara tem de tomar uma posição e dizer que esta é uma actividade ilegal, algo que depois terá de ser fiscalizado pelas autoridades competentes”, afirmou.
À RUM, Ricardo Rio disse que a autarquia bracarense tomará as “diligências necessárias” assim que for conhecido o enquadramento legislativo que permita regular a actividades destas plataformas em território nacional. Quanto à intenção dos taxistas em processar a autarquia, Ricardo Rio disse que essa é uma “posição legítima”. “Caso a CMB seja confrontada com uma acção judicial irá exercer a sua defesa em conformidade”, finalizou.
Com Nuno Cerqueira
Áudio:
Declarações de Ricardo Rio, presidente da CMB, e de Florêncio Almeida, presidente da ANTRAL, depois da reunião desta sexta-feira
