Arrojada, política e sexual: assim é Maria Beraldo

Maria Beraldo sobe esta sexta-feira ao palco do Teatro Gil Vicente, em Barcelos (22h00). A cantora, compositora e clarinetista brasileira vai apresentar o seu primeiro disco a solo “Cavala“, uma edição arrojada, que cruza elementos da MPB com a electrónica actual, em temas concisos e de curta duração. O arrojo não está só na composição melódica mas também nas letras: num grito de revolta pelas mulheres brasileiras, Beraldo canta sobre a si, sobre ser lésbica numa cidade pequena.
Hugo Cunha, presidente d’ A Macho Alfa, promotora da Linha TGV, descreve Beraldo “como uma artista emergente da Música Popular Brasileira (MPB)”. “Editou “Cavala”, um disco muito bem recebido no Brasil”. O disco marcou o início da carreira de Beraldo a solo mas o percurso da compositora natural de Florianópolis já conheceu colaborações com Elza Soares ou Arrigo Barnabé. “É uma música com bastante implementação numa cena brasileira que está agora com maior projecção”.
Ao vivo, Maria Beraldo apresenta-se sozinha, apenas com um pad, onde concentra os instrumentos do disco. Acompanha tudo isso com o registo harmonioso da sua voz. “Ao vivo, é um projecto que tem uma faceta musicalmente e tecnicamente arrojada. Não é aquilo que entendemos vulgarmente por MPB, é uma abordagem nova e actual, que se identifica com o que ela defende, de uma mensagem politizada e sexualizada”.
Nova, actual, política e sexual, assim se apresenta Maria Beraldo. Para ver esta sexta-feira no Teatro Gil Vicente, em Barcelos (22h).
Áudio:
O promotor do espectáculo de Maria Beraldo antecipa o concerto em Barcelos
