“Aumento brutal” da actividade científica justifica atraso no reembolso

O Minstro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior explica o atraso da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) no reembolso do pagamento de despesas às instituições de Ensino Superior com o “aumento brutal” do número de projectos de investigação. À margem de uma conferência que decorreu esta sexta-feira na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, Manuel Heitor garantiu que o pagamento vai começar a ser feito ainda este mês.
Durante esta semana, reitores de várias universidades, incluindo o da academia minhota, alertaram para o atraso no reembolso do pagamento de várias despesas. Manuel Heitor justifica esta situação com o facto de “o pico da apresentação de despesas ter acontecido no final de Julho e em Agosto na FCT”, o que motivou a alteração do processo de reembolso. “Agora, as instituições pagam primeiro e só depois é feita a validação da despesa”, concretiza.
Nesse sentido, a agência de financiamento da ciência em Portugal, que por sua vez recebe o dinheiro do Orçamento do Estado e de fundos europeus, vai, a partir deste ano, pagar adiantado 80% do valor reclamado e o restante será distribuído após a aprovação da despesa. Nuno Feixa Rodrigues, membro do conselho directivo da FCT, refere que é necessário “alterar procedimentos internos porque adiantar despesa é muito diferente do que validar e pagar à posteriori”.
Salientado que tem “mantido o diálogo com as instituições”, garante que, neste momento, a fundação está “a trabalhar para que se possa fazer o adiantamento de modo a não causar constrangimentos nos processos de investigação que estão a decorrer”.
TBG
