Aumento de 3,5 ME não chega para cobrir despesas adicionais da UMinho

O reitor da Universidade do Minho declara que o aumento de aproximadamente 3,5 milhões de euros no orçamento da academia minhota não se traduz num crescimento efectivo. Rui Vieira de Castro avança à RUM que este aumento resultante do Contrato para a legislatura com o Ensino Superior para 2019-2023 “não chega para cobrir despesas adicionais com as quais a UMinho está comprometida”.
O reitor frisa que é verdade que o orçamento da academia minhota vai beneficiar “de uma subida importante”. Contudo, estas verbas já têm um destino. Destes 3,5 ME estão incluídos 2,1ME que correspondem ao diferencial resultante da baixa dos valores das propinas, um valor que o Estado assumiu que deveria ser objecto de reembolso.
Outra das problemáticas recai sobre a integração de 120 precários ao abrigo do Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP) que resultará em encargos na ordem dos 1,7 milhões de euros. Nesta equação entram também as valorizações obrigatórias por efeito dos exercícios de avaliação dos trabalhadores da UMinho.
Recorde-se que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior comprometeu-se a concretizar no próximo ano um aumento de 5%. Daí em diante e até ao final da legislatura haverá um aumento anual garantido de 2%. Uma medida que o reitor garante ser “positiva”, uma vez que os orçamentos das academias não serão alvo de cativações. No entanto, o subfinanciamento dos estabelecimentos de ensino superior continua, logo não será possível responder a necessidades, por exemplo, ao nível do edificado.
Outra das “pedras no sapato” das universidades é o alojamento universitário. O reitor da UMinho frisa que o compromisso entre o Estado e as academias está firmado, mas “continuam a tardar os sinais de que esta intenção política realmente aconteça”. O objectivo, recorde-se, são 30 mil camas até 2030. Nos próximos tempos o reitor acredita que “a pressão sobre o Estado será muito grande”.
