BE acusa Governo de alheamento face à situação actual da PSP de Braga
José Maria Cardoso, cabeça de lista do BE por Braga, acusa o Governo de estar alheado da situação actual da Polícia de Segurança Pública (PSP) em Braga. Há anos que a polícia do Comando Distrital recebe promessas para a construção de um novo edifício, mas o processo tem sido adiado de forma sucessiva.
O candidato bloquista reuniu ontem com o Comando local, onde ouviu as principais preocupações dos agentes.
José Maria Cardoso lembra que a falta de condições e “algumas situações indignas são públicas”, o que levou até o partido a questionar o ministro da tutela, mas desde Junho não chegouqualquer resposta. O bloquista que se perspectiva que substitua Pedro Soares no Parlamento a partir de Outubro admite não ter saído satisfeito da reunião, uma vez que “as situações não melhoraram”. A corporação aguarda pelo “desbloqueio para a construção de um edifício de raíz próximos do actual edifício”, o que “resolveria a situação do ponto de vista físico”, assinalou.
Entre as questões discutidas com o comandante da PSP de Braga, José Maria Cardoso referiu o policiamento de proximidade em determinados locais do concelho, entre eles as imediações do campus de Gualtar da UMinho. “O que nos foi dito é que esse é um dos problemas como muitos outros. Estão (polícias) alerta e estão atentos, mas a diminuição forte do número de agentes” também prejudica o trabalho no terreno, avisou. Neste aspecto, o cabeça-de-lista do BE considera que o modelo actual deve ser “repensado”.
Além do reforço do número de agentes e dos meios a nível nacional, o policiamento de proximidade e a especialização dos polícias em diferentes áreas são duas das propostas do BE referidas por José Maria Cardoso. “Criar-se condições para que haja acompanhamento em cada uma das localidades com focos onde o problema possa ser mais premente. A Polícia terá que fazer uma especialização em diferentes áreas para saber actuar de forma diferente consoante os casos em que são chamados”, explicou dando o exemplo dos casos de violência doméstica. O candidato referiu ainda que é necessário “repensar o próprio modelo de todas as forças de segurança em Portugal”.
