BE alerta para desigualdade na redução tarifária

O Bloco de Esquerda alerta esta sexta-feira, 18 de Janeiro, para a existência de “discriminações” em relação ao novo Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART) nos transportes públicos. Recorde-se que este programa, financiado pelo Fundo Ambiental com 104 milhões de euros, será distribuído e gerido pelas Áreas Metropolitanas (AM) e pelas Comunidades Intermunicipais (CIM).
O deputado do Bloco de Esquerda eleito pelo distrito de Braga, Pedro Soares, considera “inadmissível” que exista “discriminação” em relação aos munícipes que não residem nas áreas metropolitanas, como é o caso do município de Braga e das CIM do Cávado e Ave.
O deputado deixa um apelo aos presidentes de câmara do quadrilátero para que “tentem esclarecer rapidamente esta questão” de modo a defender os seus munícipes. Pedro Soares sublinha que no caso dos utentes que atravessam várias CIM, não está garantido na lei que sejam abrangidos pela redução tarifária.
O bloquista defende que, neste momento, os valores dos passes entre os municípios do quadrilátero são elevados para o orçamento familiar, tendo em conta que na região “são muitos os que ainda recebem o salário mínimo nacional”.
Numa viagem, pela CP – Comboios de Portugal, entre as cidades de Braga e Porto, o preço do passe diário é de 73,45 euros. De Barcelos para o Porto, a soma ascende aos 119,95 euros. E de Famalicão para a cidade invicta, o preço fixasse nos 53,60 euros. O deputado destaca também que uma viagem de autocarro entre Braga e Guimarães custa 83 euros por mês.
O Programa de Apoio à redução Tarifária nos transportes públicos vai ser debatido na Assembleia da República no dia 31 de Janeiro. A votação está prevista para o dia seguinte.
Áudio:
Declarações do deputado do Bloco de Esquerda eleito pelo distrito de Braga, Pedro Soares, sobre as “discriminações” na aplicação da redução das tarifas dos transportes públicos. O bloquista apela aos presidentes de câmara que actuem em prol dos cidadãos.
