BE diz que Convívio vai ganhar caso nos tribunais

O Bloco de Esquerda (BE) reuniu-se hoje, pelas 15h, com a direcção da Associação Convívio, para avaliar a situação decorrente da venda do edifício sede a uma empresa de alojamento local.

No dia 15 de outubro, o edifício da associação cultural foi vendido pelo proprietário a uma agência imobiliária. O Convívio tinha direito de preferência e recolheu as verbas necessárias – com o apoio da Câmara Municipal de Guimarães em 150 mil euros – para adquirir o imóvel. No entanto, a escritura para a venda do espaço foi mesmo realizada por 375 mil euros à sociedade Belos Ares.

Pedro Soares, deputado do BE, diz que a venda é “ilegal” porque o proprietário “vendeu e não permitiu exercer o direito de preferência”. Para o bloquista, “o quadro legislativo que hoje existe, a ser bem aplicado, vai deixar que a Associação se mantenha no local”.  

Na última reunião de executivo em Guimarães, todas as forças políticas, da direita à esquerda, manifestaram o apoio à Associação Convívio. Pedro Soares assinala que “é bom” haver a junção de vontades “em defesa de uma entidade cultural que tem um papel central na Cultura e actividade cívica da cidade”.

“Cidade não é um amontoado de alojamentos locais e hotéis. Cidade é o dia-a-dia, é a memória, é identidade e a Associação Convívio é o exemplo disto”, enaltece Pedro Soares.

A Associação Convívio é uma associação de cariz cultural e recreativa, sem fins lucrativos. Foi fundada a 21 de Outubro de 1961 e está associada ao Guimarães Jazz. A associação está alojada num edifício no Largo da Misericórdia, em Guimarães, desde a sua génese.