BE escolhe António Lima para “dignificar” AM de Braga

António Lima é o candidato do Bloco de Esquerda (BE) à Assembleia Municipal (AM) de Braga. O advogado está de regresso à política municipal de uma forma activa depois de ter deixado o cargo de deputado municipal em 2013. Ainda assim, continuou como dirigente do bloco. É ainda membro da Mesa Nacional do BE e ex-dirigente sindical.
A lista com os 39 candidatos e 14 suplentes à AM foi apresentada ao início da tarde desta segunda-feira, em conferência de imprensa, num café do centro histórico da cidade.
Dignificar, democratizar e defender a Assembleia Municipal de Braga são “três objectivos fundamentais” da candidatura, começou por explicar António Lima, na presença de vários membros da lista. Uma equipa que “enche de orgulho” o BE, com “gente originária dos mais diversos sectores laborais e do conhecimento, muitos deles e delas com dezenas de anos de experiência de vida”. Uma lista que “combina gente muito jovem com gente mais velha, num diálogo intergeracional que está nos antípodas daquilo que Pedro Passos Coelho andou a fazer, ao tentar colocar velhos contra novos”, referiu.
Para António Lima, dignificar a Assembleia Municipal de Braga é uma necessidade detectada pelo próprio que, numa análise à actualidade, considera que muitos eleitos “desrespeitam” a assembleia e “encaram a sua presença naquele órgão como um frete e apenas lá estão para levantar a mão”. O candidato defende uma “mudança de comportamentos e posturas, uma condução de trabalhos mais firme, mais exigente, evitando ordens de trabalho enormes que levam ao desinteresse”.
No plano da democratização, o candidato à Assembleia Municipal de Braga propõe “o acesso a tempo e horas de todos os documentos em discussão”, a emissão em directo de todas as sessões da Assembleia Municipal, alteração dos tempos de intervenção, participação do público com a existência de quórum e com a possibilidade de obter respostas mais cedo.
António Lima defende reuniões “em instalações mais adequadas” e “um site próprio e autónomo” da Assembleia Municipal de Braga.
Segundo António Lima, a lista de pessoas apresenta-se “disponível para o activismo cívico para prestar o contributo para que o município de Braga seja de facto democrático, onde os cidadãos se possam fazer ouvir através da Assembleia Municipal”.
Presente na apresentação esteve também a candidata do BE à CMB, Paula Nogueira que elogiou a experiência de António Lima no plano municipal e na defesa dos trabalhadores, “com uma noção muito apurada das injustiças, do que é a desregulação do trabalho e com sentido de humanidade, justiça social e de solidariedade”. Um homem “sabedor, experiente, generoso e que está no BE desde o início”.
Os dez primeiros candidatos do BE à Assembleia Municipal de Braga
O advogado António Lima, de 64 anos, surge em primeiro lugar, seguido de nomes como Maria Vieira, professora de História de 50 anos, Manuel Carlos da Silva, deputado nos últimos quatro anos pela cidadania em Movimento e Maria José da Silva Lourenço (independente), de 55 anos, professora e activista da UMAR e do movimento Braga Fora do Armário.
Luis Cunha (independente), de 53 anos, antropólogo, professor;
Maria da Silva Mendes, 50 anos, comercial, ex-dirigente associativa;
Manuel Veiga da Costa (independente), 48 anos, professor, activista em diversos movimentos sociais;
Ana Silva Gonçalves (independente), 33 anos, música
Renato Marinho Silva, 47 anos, professor, dirigente SPN, activista dos direitos dos animais;
Helena da Cunha Órfão, 43 anos, professora, ex-deputada municipal do BE.
