BE faz aprovar recomendação para apoio a crianças com NEE

A Assembleia Municipal de Famalicão aprovou, na passada semana, por unanimidade, uma recomendação do Bloco de Esquerda (BE) para um maior apoio a crianças com necessidades especiais (NEE). Para os bloquistas, o número de crianças com doenças raras, oncológicas e com necessidades especiais, é significativo no concelho de Famalicão. Ainda assim, a coordenadora concelhia do BE, considera que “a resposta às suas necessidades específicas existentes no concelho é débil, obrigando muitas vezes os pais a deslocarem-se ao Porto ou Braga para ajudar os seus filhos na promoção do desenvolvimento global”.
O Bloco de Esquerda afirma que o município deve implementar parcerias com as entidades locais já existentes que sejam capazes de dar resposta as necessidades identificadas. José Luís Araújo, do Bloco de Esquerda famalicense, falou com a RUM sobre esta necessidade, dando conta que “são muitas as crianças que se encontram nestas condições”. “Existem várias actividades que ajudam no desenvolvimento dessas crianças e há, em Famalicão, várias entidades e instituições com capacidade para desenvolvê-las”, explicou o dirigente bloquista que enumerou a “equitação terapêutica, a olaria terapêutica e musicoterapia” como três destas.
“As actividades na área do desporto, arte, música e estimulação multissensorial, têm uma finalidade recreativa e pedagógica, mas também a finalidade terapêutica”, reforçou o BE em comunicado. “Entendemos que a Câmara deve estabelecer essas parcerias para que as crianças possam ter um complemento que está comprovado que traz benefícios”, frisou.
O Bloco de Esquerda aproveitou o mesmo documento para deixar a recomendação de que seja a Câmara Municipal “a principal impulsionadora de um amplo e esclarecedor debate que envolva famílias das crianças com necessidades especiais, doenças raras e oncológicas e entidades responsáveis nesta área”. O objectivo, afirma José Luís Araújo, é “identificar as dificuldades e encontrar as melhores respostas para as mesmas”.
Áudio:
José Luís Araújo afirmou que o município deve ter um papel mais interventivo nesta temática
