BE questiona Governo sobre regulamentação dos podologistas

A diabetes afecta mais um milhão e 200 mil portugueses e desses 30%, a médio e curto prazo, desenvolve patologias ao nível do pé, o que representa mil amputações por ano. Os custos ascende aos 25 milhões anuais, já que cada amputação custa cerca de 25 mil euros. A zona Norte é a que mais consultas hospitalares promove e, por isso, é onde se regista uma taxa menor de amputações.

Os dados foram avançados, esta segunda-feira, pelo presidente da Associação Portuguesa de Podologia, Manuel Portela, a propósito de uma reunião com a distrital de Braga do Bloco de Esquerda.

Alexandra Vieira lembrou, a esse propósito, que “há dificuldade em reconhecer a importância da profissão para a qual não há regulamentação”.

Impossibilitados de prescreverem um medicamento ou verem “qualquer pessoa, com o mínimo de habilidade, como esteticistas ou farmácias, poder exercer, quando existem especialistas formados com curso superior”, levará o Bloco de Esquerda a endereçar uma pergunta ao Ministério da Saúde “dando a conhecer o que está a ocorrer e perguntando como tenciona o Governo dar seguimento a esta problemártica”, explicou a deputada Alexandra Vieira.

A prevenção, dizem os bloquistas, é uma questão fundamental e o “Estado não tem dado a devida atenção”.

Manuel Portela deu conta da existência de “500 profissionais licenciados em Podologia, que estão a exercer em Portugal desde 1999 e sé em 2014 viram o reconhecimento da profissão”. “Acontecem diariamente uma série de crimes por pessoas que não estão habilitadas e de locais que fazem prestação de consultas de podologia que não estão licenciados, sendo um problema de saúde pública”, acrescentou.

“As necessidades são cada vez maiores, mas não existem cuidados de saúde primários com consultas de podologia, exitem a nível hospitalar. Neste monento, serão 11 os centros hospitalares com podologia, que deviam ter consultas direccionadas para grau 3, já que os graus 1 e 2 deveriam ser tratados nos cuidados primários. Assim, os hospitais não têm capacidade de resposta e comprometem o cuidado aos casos de graus 3”, detalhou o Manuel Portela.

O presidente da Associação fez ainda saber que, em Portugal, se contam cerca de “mil amputações e no mínimo gasta-se 25 mil euros por cada amputação, ou seja, 25 milhões de euros por ano”. “O investimento devia ser na prevenção”, acrescenta. De notar ainda que, a zona Norte é onde há mais consultas de podologia, incluindo o Hospital de Braga. Por isso mesmo, esta zona do país, quando comparada com Lisboa e Vale do Tejo, soma menos dois terços de amputações.

PART e ferrovia em cima da mesa na reunião com a CIM Ave

O BE esteve também reunico com os representantes da CIM do Ave, em Guimarães. Alexandra Vieira explicou que o partido quer “auscultar as diferentes CIM no sentido de perceber se já estão a enveredar algum tipo de esforço para aplicar a segunda parte do PART- Plano de Redução Tarifária”. O plano, diz, deve prever os movimentos pendulares entre os municípios e as diferentes CIM, já que, para já, por exemplo, os passes com desconto não podem ser usados nas diferentes comunidades intermunicipais.

Além disso, enfatizou, a ferrovia voltou a estar em cima da mesa. Em particular, a ligação directa entre Braga e Guimarães. Actualmente, a ligação entre as duas cidades conta com desvio por Lousada e demora cerca de duas horas, “tempo que não se compadece com o ritmo de vida das pessoas”. “É urgente a construção de uma linha entre Braga e Guimarães e a melhoria das linhas das CIM do Cávado e Ave”, acrescentou. 

Liliana Oliveira
Liliana Oliveira

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