Biblioteca Pública de Braga destaca António José Saraiva

António José Saraiva é a figura central da exposição que, até 23 de Março, está patente na Biblioteca Pública de Braga (BPB). A exposição insere-se no ciclo “Efemérides” da Biblioteca e assinala os 25 anos da morte desta figura da cultura portuguesa do século XX. A mostra está patente no átrio desta unidade cultural da Universidade do Minho, situada na Praça do Município, até 26 de Março.

Elísio Araújo, director da Biblioteca,  explicou à RUM que a escolha por António José Saraiva teve que ver com o facto de este ser “uma figura fundamental na história da cultura portuguesa”. Foi ensaísta, investigador e professor Universitário. “Tem uma vastíssima e importante obra publicada, como «História da Cultura em Portugal» e «História da Literatura Portuguesa» (com Óscar Lopes).  A úlitma “foi publicada pela primeira vez nos anos 50 e, posteriormente, já foram publicadas 17 edições”.

Na exposição, há para ver mais de uma centena de publicações ligadas à sua biografia e produção literária, além de evocações e artigos de imprensa. “Poderão ver um conjunto de dois painéis onde procuramos expôr as capas da primeira edições da sua vasta bibliografia”, revelou.

O objectivo é “lembrar as pessoas que houve autores extremamente importante na vida cultural do nosso países, que valem a pena conhecer e a Biblioteca tem obrigação de evocar”, explicou Elísio Araújo.

A entrada na exposição é livre, todos os dias úteis, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.

BIOGRAFIA

António José Saraiva (1917-1993) doutorou-se em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa e foi historiador, ensaísta e professor. Tornou-se opositor ao salazarismo, militante do PCP (donde saiu em rutura) e apoiou Norton de Matos à Presidência da República em 1949, ano em que foi preso e impedido de ensinar. Exilou-se em França, onde foi bolseiro do Collège de France e investigador do Centro Nacional de Investigação Científica, lecionando mais tarde na Universidade de Amsterdão (Holanda). Regressou a Portugal após o 25 de Abril, sendo professor catedrático das universidades Nova de Lisboa e, depois, de Lisboa.