Braga combate com sucesso ambliopia

O rastreio pediátrico da Ambliopia realizado pelo Hospital de Braga vai ser alargado a mais cinco concelhos da região. 

O protocolo foi assinado esta manhã de quinta-feira com os municípios de Vila Verde, Amares, Vieira do Minho, Terras de Bouro e Póvoa de Lanhoso.

Recorde-se que o projecto ‘Pimpolho’ surgiu em Maio de 2014 de uma parceria entre a unidade de saúde bracarense e a Câmara Municipal de Braga e é alargado depois do impacto positivo da iniciativa junto das crianças bracarenses.

O hospital já avaliou 1808 crianças, noventa das quais recuperaram a visão. Em Braga, uma em cada 20 padece desta doença.

Foi de Sandra Guimarães que partiu a vontade de alterar uma situação que a vinha preocupando no seu trabalho como oftalmologista pediátrica. Agora, a especialista reconhece que está a mudar a realidade das crianças de Braga. “Comecei como oftalmologista pediátrica há alguns anos e o que me acontecia nas consultas é que eu via meninos com 12 anos a chegarem cegos de um olho e que nunca ninguém reparou. Isto acontecia porque isto não dá sinal nenhum”, contou a especialista responsável. Com o tempo, em Sandra Freitas foi crescendo a vontade de “mudar esta realidade”.  Tendo em conta o impacto positivo e o trabalho que tem sido desenvolvido junto das crianças bracarenses, a oftalmologista garante que “Braga vai deixar de ter ambliopia”.

O projecto visa despistar a ambliopia a todas as crianças, que frequentam estabelecimentos de ensino público e privado, com idades compreendidas entre os três e os quatro anos, idades em que a patologia pode ser revertida. “Este projecto tem uma enorme mais valia, o facto de termos uma adesão muito grande, porque é fácil para os pais que as crianças venham”, começou por explicar. Os responsáveis da escola é que se deslocam à unidade de saúde para a consulta com as crianças.

Vieira do Minho, Vila Verde, Póvoa de Lanhoso, Amares e Terras de Bouro entram agora no projecto “Pimpolho”.

“Neste momento temos (em Braga) 100% de adesão das escolas públicas, mas não tivemos no início”, explicou Sandra Guimarães. Inicialmente os educadores não aderiram na totalidade ao repto lançado por considerarem que já tinham demasiadas actividades programadas fora da escola para aquele período lectivo. No entanto, segundo a oftalmologista, “depois do primeiro ano, o passa palavra, a comunicação social e a sensibilização” levaram a que “hoje em dia, em Braga, 100% das escolas públicas aderiram ao projecto”.

A partir de Outubro, juntam-se a este projeto as crianças dos concelhos de Amares, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Vila Verde e Terras de Bouro.

A ambliopia é uma doença exclusiva da infância e apenas tratável nessa fase da vida. Trata-se da qualidade visual baixa de um ou dos dois olhos, causada por alterações que perturbam o normal desenvolvimento da visão durante um período crítico.

Por Nuno Cerqueira 

Redação
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