Braga. Comentadores da RUM retomam tema da necessidade de novo cemitério

Os comentadores do programa Praça do Município consideram que as queixas dos moradores junto ao tanatório de Braga comprovam que a instalação daquele equipamento junto ao cemitério de Monte D’Arcos foi uma má decisão.
O assunto foi debatido no programa Praça do Município deste sábado, depois de Ricardo Rio anunciar a visita de uma equipa especializada ao tanatório para minimizar os problemas de maus odores denunciados pelos habitantes das imediações.
António Lima, novo comentador do BE no programa de debate político da RUM, recorda que o partido sempre se opôs à instalação do tanatório naquele local, defendendo a construção de um novo cemitério noutra zona da cidade. “A autarquia insistiu em insistir ali e chamamos à atenção porque estava muito encostado a um bairro social e provavelmente foi por isso que foi construído. Se não fosse um bairro social desconfio que as pessoas se tinham revoltado. Agora revoltam-se e sentem os inconvenientes daquela estrutura ali colocada”, alertou. O comentador defende uma discussão abrangente sobre a necessidade de um novo cemitério.
Também o comentador João Granja reconhece que o tanatório em Braga é importante, mas que a sua construção nunca devia ter acontecido junto ao cemitério sobrelotado de Monte D’Arcos. “Nem o tanatório tem as suas potencialidades exploradas, nem tem boas condições de laboração e veio trazer mais problemas como é a questão dos cheiros”, analisou. O social democrata defende a construção de um tanatório fora e sob a forma de complexo geral”. O comentador diz mesmo que a maioria de direita que governa a CMB “tem uma dor de cabeça às costas” que é a concessão deste equipamento. Sugere uma “afinação” ao equipamento por parte da empresa mas não duvida que “a médio prazo é preciso evoluir para outra solução”. João Granja acredita que a melhor solução para Braga seria a construção de um novo cemitério de raíz ainda que a falta de espaço na cidade possa levar a gestão camarária a estudar outras soluções como a exploração de cemitérios das freguesias periféricas.
Sobre o assunto, o comentador Jorge Cruz considera que depois de o mal estar feito, a concessionária precisa de minimizar este problema. “O mal está feito e agora é preciso impôr que se cumpram todas as regras por forma a que as populações não sejam atingidas por maus cheiros. Isto não obsta a que se avance para uma solução de futuro. O ideal seria um cemitério novo, moderno, mas vejo isso com muita dificuldade numa cidade como Braga, hoje”, considerou. Na opinião de Cruz, “uma solução melhor do que o que existe era promover alguns dos cemitérios das zonas suburbanas, que poderiam fazer esse papel e resolver o problema nos próximos tempos”. Jorge Cruz lamenta que se tenha deixado “passar a oportunidade de construir de raiz um cemitério novo”.
