Braga continua a expandir rede de parceiros culturais

Já são 26 os agentes culturais da cidade de Braga abrangidos pelo protocolo anual da Câmara Municipal. Desde 2013 que o número de associações culturais da cidade não pára de aumentar, assim como a verba atribuída anualmente pela autarquia. Esta segunda-feira, no Mercado Cultural do Carandá, reuniram-se os agentes envolvidos pela rede municipal.
A responsável pelo pelouro da Cultura recordou os números de 2013, sublinhando o “crescimento paulatino” até aos dias de hoje. “Em 2013 a Câmara tinha nove parcerias institucionais e um investimento de 30 mil euros. Hoje temos connosco a trabalhar 26 parcerias num investimento que está muito aproximado dos 140 mil euros”, disse.
No momento da assinatura, a vereadora da Cultura lembrou que o protocolo não pretende financiar o trabalho das associações, mas sim “contribuir para que cada uma destas entidades possa desenvolver as suas actividades sem ter problemas de maior”. É apenas uma ajuda para que continuem a “trabalhar em prol da comunidade”. Num longo discurso num tom descontraído, Lídia Dias deixou elogios a todos os agentes culturais do concelho sem excepção, apelando à continuidade do trabalho desenvolvido e manifestando vontade em ver estas associações num périplo por todo o concelho. No próximo mês o município vai chamar os presidentes de todas as juntas de freguesia para apresentar o programa ‘Descentra’. O objectivo é levar as diferentes artes culturais às freguesias de Braga através dos agentes envolvidos neste protocolo.
O caminho de Braga para se tornar Capital Europeia da Cultura em 2021
A ambição da cidade no plano cultural não foi esquecida ontem à tarde. A vereadora da Cultura reconheceu o longo caminho que é preciso trilhar, mas salientou a diversidade cultural existente no concelho e a qualidade dos projectos desenvolvidos para justificar que se trata de um objectivo que pode ser alcançado, sobretudo se o trabalho em rede estiver no horizonte de cada associação cultural. “Braga quer ser Capital Europeia da Cultura e precisa de ter os seus agentes culturais a trabalhar em rede”, finalizou.
Já o autarca Ricardo Rio defendeu que “a cidade trabalha muito bem a formação artística e cultural”, acreditando que “o trabalho das instituições é essencial para o acesso à cultura” por parte de toda a comunidade bracarense. “Queremos ser uma cidade em que a cultura é uma dimensão importante”, expressou.
O autarca lembrou que a ambição da candidatura a Capital Europeia da Cultura “envolve todos os agentes culturais” e que este apoio monetário “é um acrescento e não um sustento”, deixando a garantia de que a autarquia “quer ajudar a desenvolver novos projectos culturais”, apesar de nem sempre ser possível ajudar. À semelhança da vereadora da Cultura, o presidente do município sugeriu aos agentes culturais envolvidos que “trabalhem o mais possível em conjunto”.
Áudio:
Vereadora da Cultura e Presidente da CMB saudaram trabalho desenvolvido pelas associações, apelando a que no futuro trabalhem mais em rede
