Braga: escola profissional recorre à banca para sobreviver
A Escola Europeia de Ensino Profissional de Braga tem recorrido à banca para não encerrar portas. Em causa a falta de pagamento estipulado por lei que continua sem chegar por parte do Estado. A situação dura há vários meses o que obrigou a direcção da escola a não transferir para os estudantes as verbas relacionadas com subsídio de alimentação e de transporte.
Há aproximadamente uma semana, um grupo de alunos uniu-se numa pequena manifestação à porta da escola. Alegam que a escola profissional recebeu mais do que aquilo que diz ter recebido e que optou por não transferir a mensalidade de Dezembro.
Entretanto, a deputada do PCP eleita por Braga tomou conhecimento da situação, e ontem, o grupo parlamentar enviou um conjunto de questões que agora terão de ser esclarecidas por parte do Ministério da Educação.
A direcção da Escola Europeia de Ensino Profissional confirma à RUM que os atrasos começaram há três anos, culpando as organizações que gerem a transferência destes subsídios. Neste momento estarão em dívida mais de 300 mil euros correspondentes a nove meses.
À RUM, o responsável financeiro da escola, José Forte referiu que não se trata apenas desta escola, mas de “todas as escolas profissionais”. Os subsídios chegam “com muitos atrasos, o que está a causar problemas a muitas escolas”. Em reuniões algumas terão mesmo alertado que correm o risco de “fechar”. José Forte lamenta toda esta situação que está a provocar “atrasos para os alunos, para os funcionários e fornecedores”.
Estamos a meio do mês de Abril e “a escola ainda tem por receber o mês de Julho, Agosto, Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro de 2016”. Além disso, a escola profissional ainda aguarda pela transferência de verbas do ano lectivo anterior.
Atrasos que “obrigaram a escola a recorrer a empréstimos pessoais e entidades financeiras para poder manter os encargos da escola”, explicou aquele responsável lembrando também que toda esta situação traz ainda mais encargos financeiros “com juros e comissões que depois não são elegíveis nos custos da escola”.
A Escola Europeia de Ensino profissional tem aproximadamente 170 alunos distribuídos por nove turmas. Entre os cursos disponíveis estão o de Técnico auxiliar protésico, técnico auxiliar de saúde, técnico de electrónica e automação e computadores.
