Braga ganhou mais de 3 mil habitações no primeiro semestre do ano

Mais de 3 mil habitações foram erigidas no município de Braga no período entre Janeiro e Junho de 2019. Os dados da Confidencial Imobiliário foram destacados na apresentação do Programa Local de Habitação, que decorreu esta quarta-feira no gnration.

Durante o primeiro semestre do ano, o concelho ganhou 2757 novas habitações entre as modalidades T2 e T4 e 599 T1. Alguns desses fogos resultaram da requalificação de espaços habitacionais já existentes. Olhando por esse prisma, o presidente da Câmara Municipal destaca que o concelho tem conseguido baixar o número de casas devolutas, que, em 2013, eram mais de 15 mil.


Por outro lado, Ricardo Rio reforça a importância de haver uma “expansão urbana efectiva” em termos de oferta, que chegue também a “freguesias mais periféricas”, tal como já tem vindo a acontecer. “Se temos perspectivas que a cidade possa receber mais pessoas, naturalmente tem que existir uma oferta imobiliária compatível com as suas necessidades”, explica.

A pressão imobiliária é uma situação que está cada vez mais na ordem do dia. O autarca bracarense deixa críticas ao papel do Governo nessa matéria, referindo que se “tem ouvido falar nas revisões de base zero, da concentração das zonas de expansão urbanística, da limitação e da supressão da área de expansão urbana”.

No seu entender, esse discurso do Executivo “contraria precisamente o que o território vai evidenciando”. “Há necessidade de haver mais oferta e essa maior oferta é fundamental até para regular a pressão que existe do ponto de vista dos preços”, acrescenta.



Primeira fase do plano estratégico da CM Braga desenvolve-se no primeiro semestre do próximo ano


O Programa Local de Habitação apresentado pela autarquia divide-se em duas fases: em primeiro lugar será feito um diagnóstico, que, em princípio se vai estender até ao final do primeiro semestre de 2020; e, depois, tendo por base essa avaliação, será apresentado o plano pormenorizado, com as iniciativas a serem desenvolvidas nesta área.


Ricardo Rio enaltece a importância de se fazer um “trabalho de conhecimento concreto, muito rigoroso e quantificado da realidade do concelho” para que depois seja possível “perceber quais são as necessidades efectivas” da população.

Atendendo também ao facto de se ter registado um crescimento de quase 10% da população bracarense em seis anos, o que aumentou a procura, o presidente da Câmara Municipal enfatiza que uma das preocupações do plano estratégico é a questão da “acessibilidade económica”.

O autarca fala da importância de se encontrarem soluções para casos de “inquilinos que vivem com contratos de arrendamento muito económico durante demasiados anos e que de um momento para o outro são confrontados com a necessidade de procurar uma alternativa no mercado”.

“Não lhes basta dizer para deixarem de viver na Sé ou em São Victor e que têm que procurar uma casa numa freguesia mais periférica. Isso não resolve o problema. Além disso, não vamos expulsar as pessoas para outros concelhos”, exemplifica.

Tiago Barquinha
Tiago Barquinha

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