Braga já definiu a estratégia para ser uma “eurocity”

Potenciar o conhecimento, gerar postos de trabalho, garantir a qualidade de vida dos cidadãos e fazer de Braga uma cidade inclusiva. É esta a estratégia da cidade dos arcebispos para se tornar uma “Eurocity”. O autarca bracarense, Ricardo Rio, apresentou esta terça-feira o plano do concelho que acolhe até amanhã Fórum Económico da EUROCITIES.

Até quarta-feira, mais de 100 técnicos e políticos municipais de 19 países europeus estão em Braga para discutir “O papel das cidades na economia do conhecimento”.

No final, aos jornalistas Ricardo Rio resumiu os objectivos do concelho bracarense, que passam por “criar condições para potenciar os recursos económicos que Braga dispõe, assentes no conhecimento que é produzido no concelho e traduzindo esse conhecimento na captação de novas empresas e na geração de mais postos de trabalho para a generalidade da população”, explicou.


Além disso, é “essencial” garantir a todos os cidadãos “elevados padrões de qualidade de vida”. “Isso exige que olhemos para todas as franjas da população e que garantamos que a cidade é de facto inclusiva. Uma cidade onde todos sintam apoiados e com oportunidades para progredir e melhor a sua condição”, explicou o autarca.


InvestBraga, Instituto Ibérico de Nanotecnologia e Universidade do Minho são o “grande elemento diferenciador” de Braga e uma “grande mais valia e argumento na captação de novos projectos de investimento”, explicou. “Braga já não é uma cidade de baixos custos e baixos salários, mas sim um pólo de desenvolvimento e inovação”, rematou.

“Em cinco anos, superámos os objectivos”

Ao longo dos últimos cinco anos, Braga já concretizou alguns dos seus objectivos, de acordo com Ricardo Rio. Se há cinco anos o objectivo era criar 500 postos de trabalho por ano, “nos últimos quatro anos foram criados cerca de 7000, em termos líquidos”, assegurou.


Além disso, a nível económico, o objectivo seria crescer 1% acima da média da Península Ibérica e crescer ao nível de volume de exportações. “Aí temos registado um crescimento galopante ,que nos tem colocado no sétimo lugar a nível nacional”, referiu.

O autarca assegura que foram criadas condições ao nível da qualidade de vida das populações e “um clima de inovação e cooperação entre todas as instituições, que é nosso maior cartão-de-visita”.


Quanto ao desenvolvimento económico do concelho, o autarca admite que grandes projectos económicos têm alavancado a economia local, como a Bosch, e atraído outras empresas de vários sectores. “A Bosch Car Multimedia é o maior projecto nacional a nível de colaboração entre uma empresa e uma Universidade.  Na verdade, olhamos para outras empresas de outros sectores de actividade, como o comércio, turismo, agricultura e serviços. Temos conseguido captar empresas de referência nível nacional e internacional”, garantiu.


A mobilidade é um dos grandes desafios 

“São projectos geracionais”, começou por explicar. “Não é mesma coisa criar condições para que uma empresa se instale e mudar o paradigma de mobilidade de uma cidade, que está obviamente construída e não é construída de raiz”, comparou. A mobilidade envolve projectos, que “demoram muito tempo do ponto de vista da dotação técnica e de meios financeiros”. Ainda assim, a autarquia está a “olhar para o futuro e a prepará-los”. “Esperamos que se concretizem ao longo dos próximos anos”, ambicionou.

Áudio:

Mobilidade é um dos grandes desafios, admite autarca:

Mafalda Oliveira
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