Braga quer ter “a rua mais inteligente da Europa”

Piso, passadeiras e lombas inteligentes. É com este fundamento que Braga se vai candidatar a um fundo europeu que envolve cinco milhões de euros e que pretende dotar o eixo de ligação entre a “rotunda do Santos da Cunha” à estação da CP com tecnologia de ponta. A ideia é ter “a rua mais inteligente da Europa” e que será possível graças a um envolvimento de várias empresas e instituições em consórcio. Para investigação haverá 2,5ME disponíveis, caso o projecto seja apoiado.

Este é um projecto que foi submetido à ‘Urban Innovative Actions’, uma linha de financiamento directa da União Europeia, e que conta com a participação do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), da Universidade do Minho (UM), do Centro de Computação Gráfica (CCG) e de parceiros empresariais – NOS, Siemens, UOU e Sernis.

Piso que gera energia e informação, lombas que se elevam automaticamente e piso vibratório são alguns dos projectos a elaborar

Fátima Pereira, da Câmara de Braga, explicou que se trata de uma candidatura “à Liga dos Campeões dos fundos comunitários”. A responsável enalteceu, na apresentação do projecto, algumas das alterações no trajecto e que passam por existir uma real produção de energia a partir do solo, uma zona de coexistência com indicação do caminho de luzes inteligentes, zona de carga das bicicletas eléctricas, sistema de monitorização de tráfego 3D, passadeiras, lombas e semaforização inteligentes.

“Nas passadeiras vamos ter sensores onde os peões não vão precisar de carregar num botão para o semáforo passar para verde; as lombas e passadeiras inteligentes vão mudar de cor com a aproximação do peão e do automóvel e as lombas vão subir quando os peões estiverem no local; os pisos inteligentes serão testados pela Universidade do Minho e irão, por exemplo, gerar energia; haverá telefones inteligentes onde as pessoas poderão saber o tráfego daquela via, informações sobre a cidade e distâncias a pé para determinadas distâncias”, destacou a responsável.

Miguel Bandeira, o vereador bracarense, destacou o trabalho em rede que será marca deste projecto e frisou que “reunir a investigação de excelência do INL, do CCG e dos centros de investigação da UM, no caso o ALGORITMI e o CTAC, com os produtos inovadores das empresas associadas essa é a “principal característica diferenciadora” do projecto.

“Podemos considerar um laboratório vivo, que permitirá certamente a criação de soluções inovadoras, que poderão, no futuro, ter uma abrangência mais alargada”, referiu o vereador.

Já Ricardo Rio enalteceu o comprometimento do projecto com “as prioridades estratégicas assumidas” pelo município bracarense no sentido de “promover uma mobilidade sustentável no território, de implementar uma gestão mais inteligente da cidade e de promover o trabalho em rede entre município, instituições de investigação e parceiros empresariais”.

O conceito foi pensado em torno do peão porque, segundo os responsáveis, este deve ser tido “como parte da solução” e não como parte do problema da mobilidade.

A decisão de apoio comunitário só será conhecida no final do ano e, caso haja luz verde, o projecto vai avançar no início de 2018.

Daniel Silva
Daniel Silva

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