“Braga tem cultura para todos os gostos e bolsos”

Lídia Dias afirma que Braga tem “cultura para todos os gostos e para todos bolsos”. A responsável com a pasta da cultura falava a propósito da candidatura a Capital Europeia da Cultura em 2027 e de algumas críticas que se vão ouvindo sobre o que se faz pela cultura na cidade.
Na noite desta terça-feira, em entrevista ao programa Campus Verbal e quando questionada sobre algumas críticas sobre a estratégia da cidade nesta área, a vereadora da Cultura admitiu que gostava de fazer mais, mas disse também que a cidade de Braga é cada vez mais abrangente na sua programação. “Não venham dizer que não há cultura em Braga, porque há para todos os gostos, para todos os bolsos, há milhentas actividades gratuitas”, sublinhou, acrescentando que nesta caminhada difícil mas ambiciosa “todos são necessários”, apelando aos bracarenses para que vão ao teatro, ao gnration e cultivem hábitos culturais.
Lídia Dias afirma que é preciso “mais gente a participar nas diferentes estruturas culturais, não só do município, mas também da iniciativa privada”, dando nota de que a criação de massa crítica “é responsabilidade de todos não é apenas da câmara municipal”.
Braga está empenhada em ser Capital Europeia da Cultura (CEC) em 2027, mas precisa dos bracarenses a remar no mesmo sentido
A propósito da intenção do município nesta corrida a Capital Europeia da Cultura em 2027, Lídia Dias reconheceu algumas dificuldades no caminho, nomeadamente o facto do Porto e Guimarães, cidades tão próximas que foram das últimas duas vezes CEC. “Pode jogar a nosso desfavor porque ao longo de todo o país existe um conjunto de cidades que também se estão a posicionar, que têm candidaturas com outros referentes de apoio, nomeadamente delegações regionais. Faro, Aveiro, Coimbra, todas estas cidades se estão a posicionar à sua maneira e são territórios que, para aquilo que depois é avaliado em termos internacionais, são cidades que têm problemas muito identificados e acabam por estar um bocadinho à nossa frente”, explicou.
A equipa de missão nesta candidatura de Braga já está a trabalhar há vários meses. Sobre os espaços existentes, Lídia Dias deu nota de que a cidade poderá precisar de mais espaços dedicados, por exemplo, a grandes exposições. O município acredita que a CEC permita a criação de “alguns espaços que fazem falta”, como galerias para exposições de grande porte. O FORUM Braga dedicado apenas à parte contemporânea “pode colmatar alguns desses requisitos, mas é necessário um ou outro espaço de média dimensão para dar resposta a pintores emergentes, artistas que não têm tanta projecção”, admitiu.
Francisco Sanches pode dar resposta à vida cultural de Braga
A vereadora da Cultura referiu-se ainda à antiga escola Francisco Sanches, em S. Victor, espaço que será reabilitado pelo município de Braga e que deverá albergar diferentes associações culturais. Lídia Dias acredita que esta requalificação dê uma “importante resposta” à vida cultural da cidade, realçando aí “dois grandes espaços”, o teatro, e a antiga capela.
CMB está a trabalhar para recuperar Galécia
O Galécia é um dos espaços identificados para fins culturais, e que poderá vir a ser reabilitado. Segundo a vereadora da Cultura, a CMB já está a trabalhar para que o Galécia “possa novamente ter condições para lá serem desenvolvidas actividades”. O município já tem promovido “algumas acções de teatro pontuais, de consumo interno”, uma vez que neste momento o espaço ainda não tem reunidas as condições expectáveis para o fim a que se destina.
Áudio:
Excertos da entrevista da vereadora da cultura ao Campus Verbal
