Calçado vegan com ADN minhoto

Verney é o nome da marca criada por Cristóvão Soares e Dani Barreiro, antigos estudantes da Universidade do Minho. À procura de um conceito diferente, estes alumni encontraram no calçado vegan uma alternativa ao mercado.

Os sapatos não contêm qualquer tipo de pele ou de material com origem animal e incorporam materiais inovadores, nomeadamente solas em borracha de origem reciclada e tecidos produzidos a partir de garrafas plásticas recicladas.

“A diferença está nos materiais. Na composição dos sapatos não usamos material com origem animal, são sintéticos, naturais, alguns têm fibras recicladas, como o bambu, o coco e cereais”, detalhou um dos directores gerais da marca, Cristóvão Soares.

Os modelos são made in Portugal, mas os antigos estudantes da UMinho pretendem chegar além-fronteiras.

“Produzimos todos os sapatos em Guimarães, Felgueiras e S. João da Madeira, dependendo do tipo de artigo”, esclareceu o alumni.

A vender, até ao momento, exclusivamente no mercado nacional, os fundadores já pensam em chegar ao mercado internacional, nomeadamente “alemão, francês e inglês”, até Junho.

A coleção é intemporal, “porque a própria essência da marca está na intemporalidade”, e os modelos têm todos nomes femininos começados por “v”, inicial da identidade da marca, como por exemplo “as viking”.

“Não queremos produzir sapatos que estejam na moda, queremos produzir sapatos que a pessoa use hoje, volte a usar para o ano e fique sempre dentro da moda”, comentou Cristóvão Soares.

A colecção, até ao momento exclusivamente feminina, conta com “dois modelos de sandálias rasas, três ou quatro modelos de sapatilhas e uma gama de botas”. “Tentamos ter um preço justo, que começam nos 60 euros para sandálias e vão até aos 120 euros para os botins”, adiantou o fundador.

Dani e Cristóvão esperam a curto prazo produzir modelos também para homens. 


“Criamos calçado português de qualidade, que valoriza o conforto, a durabilidade e o estilo através de materiais ecológicos, promovendo o consumo consciente, a responsabilidade social e o respeito pelos animais e pelos recursos ambientais”, sintetiza Cristóvão Soares.

“As pessoas começam por sentir curiosidade quando sabem que o tecido é à base de garrafas plásticas recicladas ou que o forro é feito de cereais, depois vêem o produto, experimentam e gostam”, referiu Dani Barreiro.

Cristóvão sublinhou que o calçado é vegan mas não se destina, “de todo”, apenas a pessoas vegan. “O nosso público-alvo é quem consome de modo consciente”, afirmou. 

Os modelos são aprovados pela associação PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) e respeitam as normas ambientais da União Europeia. A ideia é responder à conservação do planeta, evitando o consumismo excessivo, mas sem descurar as tendências da moda.

Com a “aceitação positiva e crescente” do público, os dois fundadores sentiram necessidade de agregar pessoas com “know-how” na divulgação e gestão. A equipa integra agora uma licenciada em Marketing e duas mestres em Tradução e Comunicação Multilingue, que apoiam no processo de internacionalização.

O projeto surge sob a marca “Verney” e está sediado na Póvoa de Lanhoso, no distrito de Braga. Deve a fundação aos atuais diretores-gerais, Cristóvão Soares e Dani Barreiro, que foram colegas no mestrado em Economia Industrial da Empresa e que agora se dedicam aos sapatos vegan. Uma ideia original, made in Minho.

Áudio:

Cristóvão Soares, um dos fundadores da Verney, adianta detalhes sobre a marca 

Liliana Oliveira
Liliana Oliveira

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