Câmara de Braga vai arrendar o S. Geraldo por 10 anos

A Câmara Municipal de Braga vai arrendar o S. Geraldo. O contrato de arrendamento é válido por um período de 10 anos com o Município a ficar com opção de compra do imóvel após este período.

A decisão foi conhecida esta noite e é justificada pelo município numa nota enviada à RUM. Na mesma pode ler-se que o espaço “vai apoiar as candidaturas de Braga a Cidade Criativa na área das Media Arts e a Capital Europeia da Cultura em 2027”.

Este será “um novo equipamento cultural para projecto aglomerador” assume o executivo municipal que confessa ter assistido à “degradação do antigo Cinema S. Geraldo ao longo de mais de duas décadas de encerramento com natural apreensão”. Justifica o município que “a iniciativa de revitalização arrojada de criação de um Mercado Urbano revelava-se um projecto capaz de concretizar a desejada reabilitação física e a ambicionada regeneração económica deste edifício histórico”.

Este arrendamento deixa satisfeito o “Movimento S. Geraldo Cultural” que lutou, desde que o projecto da Arquidiocese foi apresentado, para impedir a demolição do espaço cultural. Luís Tarroso Gomes, uma das vozes contestatárias, explicou à RUM que este “arrendamento vai impedir a demolição do edifício e, por isso, permite respirar”. “Podemos agora contar com um projecto cultural para o local”, explicou Tarroso Gomes que classificou esta como “a decisão certa” que deixa satisfeito o movimento. “Acho que deve ser ponderada a aquisição do edifício, mas o que importa é que não deixar que se destrua”, considerou.

“Complementando as valências já existentes no gnration e reforçando a sua capacidade de resposta, o São Geraldo poderá integrar a rede do Media Arts Center disponibilizando, sobretudo, espaços expositivos e espaço de trabalho para residências artísticas e sendo ainda um espaço de acolhimento do projecto Starts, que permitirá estabelecer ligações entre os artistas e as empresas locais na definição de projectos conjuntos, com ou sem ligação à área do cinema”, pode ler-se na nota enviada pelo município.

Finalmente, o Município de Braga explica que “não ficou indiferente ao rol de propostas de parceria e até oportunidades de colaborações mecenáticas formuladas por diversos agentes culturais que apontam para a utilização do S. Geraldo como equipamento cultural de retaguarda em relação a outras valências já existentes e a criar”.

Para o município liderado por Ricardo Rio, “a Cidade reclama a existência de um novo equipamento capaz de acolher um projecto aglomerador que se projecte no futuro, pelo que o S. Geraldo poderá constituir um espaço que contribua para corporizar de forma ainda mais robusta estes projectos”.

O arrendamento do S. Geraldo vai “assegurar a regeneração urbana de uma parcela importante do Largo Carlos Amarante; Vai dotar a curto prazo a União de Freguesias de instalações modernas e qualificadas; Vai valorizar a participação de Braga na rede Cidades criativas da Unesco e no concomitante projecto da União Europeia; Vai complementar a rede de equipamentos culturais do concelho no quadro da candidatura a Capital Europeia da Cultura e da programação cultural regular; abrindo porta ao estabelecimento de parcerias orientadas para a sustentabilidade do projecto”.

Este entendimento entre município e Arquidiocese – proprietária do imóvel – corporiza-se em dois contratos autónomos de arrendamento dos edifícios S. Geraldo e Pé Alado, ambos com opção de compra.

Este contrato de arrendamento vai ser submetido à apreciação do Executivo Municipal, que se reúne na próxima segunda-feira, dia 24 de Julho, a minuta do contrato a celebrar, assente no rigor económico e na vontade das partes. 

Daniel Silva
Daniel Silva

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