Câmara de Guimarães aposta na Mobilidade Sustentável

Guimarães é dos primeiros concelhos em Portugal a apresentar um Plano de Mobilidade Sustentável (PMUS) que visa definir novas prioridades na área da mobilidade, tendo em linha de conta os peões, a bicicleta, transportes públicos, uso eficiente do carro e os carros.
O plano em questão reflete-se em todo o território, principalmente nas Vilas do concelho, através do guia de boas práticas. Domingos Bragança anunciou ainda que Guimarães vai avançar com o Plano Municipal de Segurança Rodoviário e rever o Plano Municipal de Acessibilidade assente num “conceito cultural de mobilidade” e cujo objetivo passa pela sustentabilidade e devolver os espaços ao cidadão.
Os documentos evidenciam a visão em 7 áreas de intervenção e o respetivo enquadramento temático: A Cidade que Caminha (Rede pedonal e Qualidade de Circulação Pedonal); A Cidade Ciclável (Rede, sistema e incentivo à mobilidade ciclável); A Promoção dos Transportes Públicos (Serviço, Infraestrutura e Material circulante); A Otimização do Sistema Viário (Rede viária, estacionamento e logística); A Integração de Modos (Intermodalidade); As Dinâmicas do Planeamento da Mobilidade (Instrumentos de Planeamento) e A Introdução de Nova Cultura de Mobilidade (Sensibilização e Formação).
À RUM, Seabra de Sá, vereador da mobilidade, explicou que o objectivo do Plano passa por priorizar “os modos suaves e devolver o espaço urbano às pessoas”.
A autarquia pretende “que as pessoas se desloquem mais a pé e reforçar os cicláveis e pedonais”, mas, defende o vereador, “não pode ser feito de uma vez”, porque se “trata de uma mudança cultural forte” e é preciso ” trabalhar ao nível da educação das pessoas”.
Além das mentalidades, as intervenções que se façam daqui para a frente serão pensadas para os modos de deslocação suaves. “Quando se fizer uma pavimentação de uma zona rural também ai se podem aplicar boas práticas de mobilidade, por exemplo com a largura dos passeios e as suas carcteristicas”, exemplificou.
Em 2030, Seabra de Sá espera que ” 7% das pessoas usem a bicicleta nos seus percursos pendulares”, por isso vai haver um reforço e valoruização dessas zonas no território.
“O Plano também define um conjunto de boas práticas, fornece uma espécie de caderno que pode ser utilizado em todas as acções que o município pode desenvolver”, acrescentou.
No âmbito da rede ciclavel e pedonal, já foram estabelecidos contactos com Municípios como Famalicão, Braga, Felgueiras e ainda Vizela para a apresentação de projetos a fundos comunitários no sentido de ligar os territórios.
Áudio:
Seabra de Sá, vereador da Mobilidade da autarquia vimaranense, a propósito do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável.
