Câmara e APA assinam protocolo para avaliar linhas de água

A Câmara Municipal de Guimarães assinou este segunda-feira um protocolo com a Associação Portuguesa do Ambiente (APA), para promover a realização de estudos na Região Hidrográfica do Ave, com vista a investimentos futuros.

O protocolo surge no seguimento do projecto AquaBioScape, realizado através do Laboratório da Paisagem, do qual fazem parte a Universidade do Minho e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em consórcio com a Vimágua.

Segundo o vice-Presidente da APA, Pimenta Machado, “para investir é preciso estudar e caracterizar as linhas de massa de água, perceber o seu estado e atentar nas descargas não conformes”. Depois, numa fase seguinte, explicou, vão ser feitos “investimentos para recuperar e valorizar esse rede hidrográfica”.

Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, apela aos vimaranenses para que colaborem na preservação do ambiente no concelho. “Quem estraga o nosso trabalho são infractores, seja o cidadão comum que faz com que haja contaminação do rio sejam as empresas não podem fazer derrame”, apontou o autarca.

O autarca realça a importância dos estudos que vão ser feitos para que depois se possam decisões com vista à regeneração ecológica. “Sem conhecermos não podemos decidir”, afirmou o presidente da Câmara, para quem é preciso “estudar para propor acções que têm vista o que é essencial: a regeneração ecológica, devolução da vida à fauna e flora e qualidade da água”.

Remover obstáculos que interferem com a qualidade das massas de água, recuperar o ecossistema ribeirinho e criar condições para que as pessoas possam usufruir do rio Ave são alguns dos objectivos do protocolo. Além disso, autarquia e APA pretendem, entre outros aspectos, “identificar focos de poluição, monitorizar a qualidade da água, intervir na linha de água e área envolvente, desenvolver e implementar sistemas verdes que reduzam a carga poluente e lixo flutuante, apostar na gestão das águas pluviais e avaliar as condições hidrodinâmicas “. 

Pimenta Machado, da APA, frisou ainda que as duas entidades pretendem “criar condições para que as pessoas possam usufruir do rio” e realçou o trabalho feito pela autarquia “junto ao parque da cidade, quer na forma como qualificou a envolvente a essas massas de água, quer na maneira como criou condições para minimizar o efeito de risco que quando chovia muito provocava uma série de inundações”.

O protocolo, que envolve um investimento de 50 mil euros, visa recolher mais informações sobre a ribeira da costa/couros, rio Selho, rio Vizela e rio Ave para, numa fase posterior, se intervir na protecção e restauro fluvial.

Áudio:

Pimenta Machado, da APA, e Domingos Bragança, presidente da autarquia vimaranense, explicam a importância do protocolo assinado entre as duas entidades

Liliana Oliveira
Liliana Oliveira

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