Candidato do BE à CMG sugere micro parques de estacionamento

O candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Guimarães sugere a criação de micro-parques de estacionamento, colocando de lado a hipótese de levar para a frente a construção de um parque de estacionamento de grande dimensão na zona adjacente ao largo da Caldeiroa e da rua de Camões.

Na tarde desta segunda-feira, em conferência de imprensa na sede do partido em Guimarães, Wladimir Brito foi taxativo na posição dos bloquistas vimaranenses sobre esta matéria: o parque aprovado na última reunião camarária “vai contrariar tudo aquilo que se prende com a candidatura a Capital Verde Europeia” e vai também contra os princípios do BE que defende que o trânsito seja retirado daquela zona. 

Segundo aquele candidato, “o problema do comércio local é muito mais profundo do que os problemas de estacionamento” e e volta pedir estudos à câmara municipal que justifiquem esta opção política. Além de considerar que se trata de um investimento “elevado” (oito milhões de euros para construir parque com capacidade para 440 viaturas), Waldimir Brito alerta para a carga de poluição na rua de Camões, tendo em conta  a localização da entrada e saída de veículos”, mas também para o ruído ou a rentabilidade do parque face ao investimento.

Segundo o candidato do BE às eleições de 1 de Outubro, “um ou dois parques pequenos poderão rescolver o problema de estacionamento” que se verifica na cidade. Locais como o Largo João Franco, o Largo Condessa Juncal, o largo de S. Dâmaso foram alguns dos exemplos sugeridos.

Indo mais longe nas possibilidades, e referindo-se à zona onde a câmara quer construir um parque de raíz, Wladimir Brito explicou que numa das fábricas abandonadas – que serão expropriadas pela câmara municipal – o município poderia criar “um pequeno parque coberto”.

À volta da cidade há onze parques

O bloquista sustenta-se ainda no número de parques de estacionamento na cidade e na ocupação reduzida nalguns deles.

Wladimir Brito está convicto de que o compromisso dos cidadãos vimaranenses com a Capital Verde Europeia, os novos hábitos mais ligados à circulação de bicicleta ou utilização de transportes públicos deixará cair por terra a bandeira da necessidade deste novo parque de estacionamento para Guimarães.

“O BE está quase a pedir à gestão socialista para cumprir e respeitar o programa eleitoral”, sustentou o candidato, suportando-se na aclamada candidatura a Capital Verde Europeia.

Outro dado deixado pelo candidato é de que actualmente, à superfície, 65% a 75% do estacionamento está ocupado.

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Wladimir Brito contesta o investimento num parque de estacionamento que considera desnecessário, e nos riscos ambientais com a instalação do mesmo nas imediações do centro histórico vimaranense. Para o candidato, Domingos Bragança, actual presidente da Câmara Municipal de Guimarães, está a seguir com a ideia da construção por se tratar de uma promessa de António Magalhães, antigo autarca, aquando da requalificação do Toural. O bloquista teme que o parque de estacionamento seja pouco utilizado pelos automobilistas.

Recorde-se que o novo parque de estacionamento anunciado para Guimarães está a causar alguma polémica na cidade. A coligação Juntos por Guimarães tem-se oposto à intenção do município vimaranense, sugerindo, no caso, a criação de dois parques de estacionamento, um deles no Toural e outro na Avenida República do Brasil.

Também do dia da reunião de câmara onde o ponto de construção de estacionamento constava da ordem de trabalhos,  artistas culturais instalados numa das fábricas que será demolida para construção do parque voltaram a reclamar da postura do município e pediram mesmo a retirada do ponto da votação, o que não aconteceu.