Candidatos à AAUM com visões diferentes sobre a abstenção

Nuno Reis e Rui Miguel Silva, candidatos à direcção da AAUM, não partilham opinião quanto à forma de combater os elevados números de abstenção que, ano após ano, marcam as eleições para a Associação Académica.
No debate desta quarta-feira, Rui Silva deixou a ideia de que quando os estudantes se abstêm estão “a dizer que tanto lhes faz, o que quer dizer é que a Associação Académica não tem presença nas suas vidas”. “Aquilo que propomos é proximidade dos nossos colegas e, obviamente, com esta proximidade, o tempo, a evolução do modelo e a mudança do paradigma da gestão da Associação Académica esta abstenção irá com certeza diminuir”, defendeu o candidato.
Por sua vez, Nuno Reis, da Lista A, discorda e acredita que vão ter que ser definidas estratégias para combater o baixo número de estudantes que se desloca às urnas em dia de eleições.
“A nossa lista não acredita que a abstenção vai com o tempo diminuir”, atirou o candidato da lsita A acrescentando que “um dos princípios basilares de uma candidatura a uma Associação Académica tem que ser uma universidade plenamente democrática, que incentive à participação dos seus estudantes”.
Algo que, defende, “não se faz com ideias vazias”, mas “através da aplicação de medidas e estratégias concretas”. Nuno Reis afirmou ainda que este “não é apenas um problema da direção da Associação Académica”, uma vez que “a participação estudantil em eleições, como para o Senado Académico e Conselhos gerais, também é muito reduzida”.
A taxa de abstenção atinge normalmente valores elevadíssimos. As eleições para a AAUM estão agendadas para a próxima terça-feira, 4 de Dezembro.
Áudio:
Rui Miguel Silva, candidato da lista B, e Nuno Reis, candidato da lista A, defendem pontos de vista diferentes para combater a abstenção.
