Candidatura de Couros a Património da UNESCO está a meio

Está a meio o processo para tornar a Zona de Couros, em Guimarães, em Património Mundial da UNESCO. A vontade de o fazer já vem desde 2013 e conheceu desenvolvimentos três anos depois, altura em que a Comissão Nacional da UNESCO inscreveu a ampliação da Zona de Couros a Património Cultural da Humanidade na Lista Indicativa de Portugal. Desde então, o processo tem estado parado e a oposição da autarquia decidiu, esta semana, interrogar o executivo sobre a situação.

Foi o porta-voz da coligação Juntos por Guimarães na matéria, Ricardo Araújo, quem levantou a questão. O vereador sem pelouro referiu que “deve haver determinação política em percorrer o caminho”, lembrando que “em 2015 houve uma apresentação da arquitecta Alexandra Gesta mas de lá para cá não se percebeu uma evolução clara e objectiva”.

As interrogações da oposição motivaram a resposta da autarquia. O vereador do urbanismo em Guimarães, Fernando Seara de Sá, revelou que a zona de Couros ainda não obteve a classificação como imóvel de Monumento Nacional, o que impede a candidatura a Património da UNESCO. Ainda assim, o responsável político esclareceu que o município tem contactado “quer ao nível técnico, quer ao nível político, com a Direcção Geral do Património Cultural, em Lisboa, e com a Direcção Regional da Cultura do Norte (DRCN), entidade que, com a autarquia, trabalha a proposta de candidatura a Monumento Nacional“.

As actuais requalificações do Teatro Jordão e da Garagem Avenida também poderão ser determinantes para o sucesso da classificação de Couros. A inscrição da zona de Couros como Património da UNESCO pretende aumentar duplicar a área classificada do centro histórico de Guimarães.