Casa do Professor vai a eleições este sábado

A campanha eleitoral para os órgãos de gestão da Casa do Professor está a ser marcada por algumas críticas da lista opositora à actual direcção que se recandidata a um novo mandato. A menos de uma semana para o acto eleitoral intensifica-se a campanha com a lista opositora à actual direcção a queixar-se de falta de divulgação das eleições junto dos associados.

A lista B, encabeçada por Lídia Vilaça diz querer “devolver a Casa aos professores”. Em declarações à RUM, a candidata deixa críticas à forma como a Casa do Professor tem sido dirigida e assegura que muitos associados estão “descontentes”. “Queremos afirmar a Casa do Professor como uma organização de referência e implementar uma gestão humanista, transparente e eficaz”, começa por dizer a candidata que considera que a direcção de Hilário Sousa é pouco aberta ao “diálogo”. “É uma gestão que pretende divulgar a Casa do Professor no país, na Europa e no Mundo, mas os professores querem é acção dentro da própria casa e uma dinâmica de receptividade e de receber os associados e ouvi-los”, atirou a candidata da lista B que promete um trabalho “transparente” e de “cooperação com todos os associados”.

Segundo a candidata da lista B, “muitos associados” dizem que “tudo está muito caro”, dando como exemplo as formações, mas também o lar residencial, e afirma que “só pode ir para o ar residencial quem for rico e tiver muito dinheiro” tendo em conta os valores exigidos.

Lídia Vilaça denunciou ainda que a lista B tem enfrentado muitas dificuldades para fazer uma campanha limpa e digna. “Tudo nos é rejeitado. Foi-nos rejeitada a cópia dos cadernos eleitorais, não tem sido passado qualquer tipo de informação relativamente às eleições. Os e-mails para divulgação de uma conferência têm passado diariamente, passam e-mails da Clarabóia e de formação, mas a informação sobre as eleições na Casa do Professor não está a passar”, denunciou a candidata da lista B.

Sob o lema “Consolidar, Desenvolver, Inovar”, a lista A, encabeçada pelo actual presidente Hilário Sousa refuta as acusações da oposição. “O que posso dizer é que não creio que haja quem não saiba que há um acto eleitoral no próximo sábado. Tem sido divulgado nos meios de comunicação habituais da Casa do Professor e não encontro nenhuma razão para que possa ter sido dito isso por parte da outra candidatura”, respondeu aquele dirigente.

Já sobre os preços praticados na Casa do Professor, Hilário Sousa disse que “quem conhece os relatórios de actividades e contas dos sucessivos anos pode constatar que isso não tem o mínimo de fundamento”. O candidato da lista A vai mais longe e avisa que “é preciso conhecer os documentos que são divulgados atempada e oportunamente para que os associados possam depois colocar as questões que entendam pertinentes nas assembleias gerais de aprovação de contas”.

À RUM,  Hilário Sousa afirmou ainda que apresenta “um projecto de continuidade” e que “o programa de acção para o próximo triénio está configurado no plano estratégico da Casa do Professor aprovado em Assembleia Geral”.

O acto eleitoral para os órgãos de gestão da Casa do Professor decorre no próximo sábado, dia 23 de Junho.