CCG recebe 1,2 milhões de financiamento público

Vinte e cinco anos depois de ter aberto as portas, o Centro de Computação Gráfica (CCG) continua a ter com missão “crescer”. 

Pela primeira vez na história do CCG, foi aprovado financiamento público. “Temos um papel a desenvolver na transferência de tecnologia e a Agência Nacional de Inovação reconhece a importância desse papel e financia a 80% parte da nossa actividade, um volume de 1,2 milhões de euros durante três anos, para nos permitir contractar mais gente doutorada, fazer investimentos, que permitam melhorar a nossa actividade em termos quantitativos e qualitativos”, explicou o presidente. O CCG tenciona acrescentar ao seu portefólio projectos na área da robótica e inteligência artifical. 

Ajustado com esta candidatura, o Centro vai fazer um investimento de cerca de “3,5 milhoes de euros”, nos próximos três anos, sendo que contam com1,2 milhões de dinheiro público, um milhão de autofinanciamento e o restante vão ter que conseguir através de outras fontes.  

Este investimento no futuro, vai dar “meios ao CCG para aproveitar as oportunidades de crescimento”. A equipa vai passar de 65 para 86 colaboradores,  algo que vai acarretar outras reinvindicações, nomeadamente ao nível infraestrutural.

O edifício sede, localizado no campus de Azurém, não tem capacidade para mais de 100 pessoas, um número que, com este estímulo, será ultrapassado. “Precisamos de construir”, alertou Luís Amaral.

A este propósito, Rui Vieira de Castro, reitor da UMinho, garante que ” a UMinho dentro da sua possibilidade, percebendo que há diferenças de missão mas que são complementares, está solidária com o CCG”. 

Com o passado assente em quatro momentos, Luís Amaral, actual presidente do CCG, não esquece o primeiro site da “Comboios de Portugal”, o Oceanário Virtual da Expo’98, o projeto Macau Virtual, bem como projetos como mesas multitoque, assistentes interativos para idosos, sistemas de reconhecimento facial e uma cabine de prova de roupa virtual.

Para Luís Amaral, “a história serve como trampolim para o futuro, que passa por agarrar o conhecimento que é desenvoldido do lado da universidade, trabalhar com os investigadores de forma a transformar tecnologias aplicáveis e utilizáveis pela indústria para que incorporem esse conhecimento para o bem da economia e sociedade”.

Além disso, o CCG partilha de uma “preocação colectiva no país que é o quanto o dinheiro público custa a chegar às instituições”, algo que acarreta “problemas”.

Quanto ao futuro, o presidente do CCG acredita que os “projectos inovadores na aplicação das tecnologias, realidades imersivas e aumentadas”, vão continuar a fazer parte do trabalho deste centro. 

 “Papel do ensino superior é a criação de emprego e, para isso, precisam de atrair instituições como o CCG”


Presente na cerimónia solene do aniversário do Centro de Computação Gráfica, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, deixou claro que “um dos papéis das instituições de ensino superior é facilitar a criação de emprego e, para isso, precisam de atrair um conjunto de instituições como o CCG”. 


“A forma de criar mais e melhor emprego é através do conhecimento e o papel da UMinho tem sido bem claro na criação de emprego, usando instituições de interface como esta, que actua numa área decisiva para a criação de emprego”, afirmou o governante.

Manuel Heitor enalteceu a missão da UMinho em “facilitar o crescimento CCG, que conta com uma grande interecção com a sociedade, economia, e as empresas em particular”.



“Actividade do CCG tem impacto e contribui para melhorar a qualidade de vida da população”

Rui Vieira de Castro, reitor da UMinho, definiou como “essencial” o papel do CCG “no processo de afirmação de determinadas áreas cientificas, na perspectiva da incorporação dos resultados da actividade cientifica naquilo que são as soluções que as empresas que operam na área podem desenvolver”. 


“A UMinho tem sempre afirmado esta preocupação de transferir o conhecimento que é produzido no contexto económico para o social. A actividade do CCG corresponde muito bem a esta componente da missão da Universidade”, acrescentou o Reitor. 

Rui Vieira de Castro reconhece que “a actividade do CCG tem contribuído para afirmar, cada vez mais, o nome da Universidade”, mas garante que “o CCG não seria o que é sem a UMinho”. 


O reitor da UMinho realça “os efeitos na sociedade e na economia da actividade do CCG, que têm impacto e que contribuem para melhorar a qualidade de vida da população”. 

Cerca de “200 pessoas” participaram, a 22 e 23 de Novembro, nas actividades comemorativas do 25.º aniversário do Centro de Computação Gráfica. 

Sobre o CCG


O CCG conta, actualmente, com 65 colaboradores  , 20 investigadores, 26 associados (número que deve ascender aos 33 em três anos), 60 parceiros e participa em 42 organizações.

Os seus trabalhos foram distinguidos com o Prémio Descartes I.I. (Europa), o LAVAL Virtual (França) e na Conferência IPIN’15 (Canadá), entre outros. Os projetos têm tido múltiplos parceiros, desde a Disney ao Governo de África do Sul.

Liliana Oliveira
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