Centro Português de Surrealismo vai nascer em Famalicão

Vila Nova de Famalicão vai ser casa do futuro Centro Português de Surrealismo, no próximo ano. O projecto irá nascer na Fundação Cupertino de Miranda, que tem atualmente mais de três mil obras ligadas ao surrealismo, num total de 130 artistas. Estima-se um investimento de 2,5 milhões de euros em cinco anos, que inclui custos com a obra de reorganização do espaço da Fundação Cupertino de Miranda, programação e gastos de funcionamento.


Esta quarta-feira, na apresentação do Centro, o presidente da Fundação Cupertino de Miranda, Pedro Álvares Ribeiro, explicou que a Fundação “tem a maior colecção de arte surrealista em Portugal”. “Chegou a altura de nos prepararmos para apresentar o espólio de uma forma contínua”, explicou. Um espaço que, acredita, “fará de Famalicão o centro do surrealismo em Portugal”.


O Centro Português de Surrealismo terá entre três a quatro exposições por ano, somando-se projetos de itinerância com outras instituições, visitas guiadas, oficinas e a instalação de uma livraria especializada em surrealismo. 


O objectivo dos promotores do Centro Português de Surrealismo é também colocar Famalicão na rede internacional de surrealismo. “Queremos criar uma rede com outras instituições museológicas, que também têm espólios importantes de arte surrealista. Permitirá oferecer a Famalicão obras de arte que, de outra forma, não estariam disponíveis”, referiu.


A autarquia vai apoiar a Fundação com 75 mil euros por ano. O autarca de Famalicão, Paulo Cunha, disse que o novo centro será uma nova forma de internacionalizar o concelho. “Achámos que era altura do concelho saír das fronteiras do país e assumir uma visibilidade de dimensão internacional. Conseguiremos trazer a Famalicão pessoas que, por outra razão, não viriam cá. Ajudará também a que o nosso concelho chegue a outras galerias e públicos”, explicou.


O investimento da autarquia “terá retorno” e vai “dar estabilidade ao projecto”. “Vai ter retorno por cada pessoa que nos visite, que prove a gastronomia e visite outros museus. Tudo é um ganho para o território famalicense”, lembrou Paulo Cunha.

No decorrer das obras, a biblioteca da Fundação Cupertino de Miranda manter-se-á aberta, no entanto a lógica de exposições temporárias e parte dos espaços estará “condicionada”. Esta instituição, que recebeu em 2016 20 mil visitantes, já tinha, em 2000, lançado um Centro de Estudos de Surrealismo.

Mafalda Oliveira
Mafalda Oliveira

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