CERCIGUI integra projecto internacional na área do turismo inclusivo

A criação de vários materiais relacionados com a empregabilidade das pessoas com deficiência é o resultado prático do projecto internacional “Inclusive Tourism”, que termina este mês. O trabalho está a ser levado a cabo pela Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos com Incapacidades de Guimarães (CERCIGUI), em parceria com entidades espanhola e eslovena.

Durante dois anos, a associação vimaranense desenvolveu várias ferramentas formativas inovadoras para pessoas com deficiência, técnicos e empregadores desta área. Neste período foram desenvolvidos manuais para formadores e formandos, destinados a várias profissões ligadas ao turismo, como assistente de cozinheiro, assistente de pasteleiro, empregado de bar, empregado de andar e recepcionista de hotel.

Esses materiais vão estar disponíveis em português, inglês, espanhol e esloveno, durante um ano, no portal do projecto. Alguns artigos com informação sobre o tema e a criação de um fórum para debater algumas questões relacionadas com o assunto foram também resultado do  “Tourism Inclusive”.


Segundo Patrícia Guimarães, responsável pela iniciativa, o principal objectivo foi “criar materiais de apoio à formação profissional, de forma a aumentar a empregabilidade da pessoa com algum tipo de incapacidade no mercado de trabalho, sobretudo no sector do turismo”.

“Quisemos criar estes materiais, com a utilização principalmente de tecnologias de informação, com aplicações que nós todos usamos no dia a dia. Por outro lado, pretendemos dar alguma formação às empresas do sector”, acrescenta.

A curto-prazo, está previsto o “desenvolvimento de uma série de actividades formativas, que apesar de algumas não estarem a ser dadas actualmente na CERCIGUI, podem ser alargadas a alguns centros de actividades operacionais”.



CERCIGUI desenvolve projecto com associações de Espanha e da Eslovénia

O “Inclusive Tourism” foi desenvolvido pela CERCIGUI, a convite da Câmara do Comércio de Valência, no âmbito do Programa Erasmus+ . Durante a realização do projecto foram estabelecidas parcerias com várias empresas, que ficaram com “uma visão diferente do que é a incapaciade e a possibilidade que as pessoas com deficiência têm de trabalhar”.

Patrícia Guimarães considera que a aposta no turismo acessível e inclusivo pode ser “um nicho de mercado” para as entidades que trabalham na área. Além disso, dá o exemplo da cidade vimaranense na forma como tem promovido este tipo de iniciativas, com o intuito de “envolver a comunidade”.

Durante os dois anos da elaboração do projecto, a CERCIGUI tem trabalhado com as associações AMICA, de Espanha, e CUDV DRAGA, da Eslovénia. No entender da responsável do “Inclusive Tourism”, tratam-se de países com “realidades muito diferentes”.  “A comunidade de Valência tem um trabalho muito grande feito na área, já

na Eslovénia a evolução está mais atrasada. Por exemplo, só recentemente foi aprovada a lei que permite o emprego a pessoas com deficiência”, conclui.

TBG

Redação
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