Cientistas do INL levam experiências ao Hospital de Braga

Descomplicar aquilo que parece complicado. É com esta filosofia que cientistas do Instituto Ibérico de Nanotecnologia (INL) se irão voluntariar no Hospital de Braga para explicarem aos utentes da unidade hospitalar o que fazem no seu dia-a-dia. Tudo isto irá acontecer de uma forma apelativa e com o intuito de levar mais animação aos corredores hospitalares.
Esta “Missão Nerd” é uma forma do INL interagir com a sociedade, assumiu o director-geral da infra-estrutura ibérica, Lars Montelius. O responsável sueco assegurou que o INL está “muito comprometido em trabalhar com a sociedade e não apenas para a sociedade”. Montelius frisou a necessidade do instituto “ser uma parte importante de comunicação científica para a sociedade” e destacou a “responsabilidade social dos cientistas que é a de interagir com a sociedade”.
Lars Montelius classificou a iniciativa como “excelente”, uma vez que possibilita “a ligação a outras camadas da população” e porque proporciona “horas mais felizes a quem visita o Hospital”.
João Ferreira, do Hospital de Braga, salientou o “carácter desafiante” da iniciativa que hoje foi protocolada com o INL. O responsável hospitalar explicou que o desafio partiu do INL “que quer explicar o que lá se faz”.
“É uma óptima maneira de aproximar a ciência do dia-a-dia”, sublinhou o director hospitalar.
Serão 23 os cientistas voluntários que já têm preparadas 19 experiências diferentes para levar para o Hospital. Para as mesmas cientistas, esta “é uma forma de mostrar o que se faz e desmistificar a ideia de que os cientistas são “ratos de laboratório””, frisou Edite Figueiras, uma das cientistas envolvidas na iniciativa.
A investigadora no INL frisou que se pretendem “explicar conceitos científicos que muitas das vezes não são fáceis de perceber, mas desta vez as brincadeiras e jogos conseguem explicá-los de uma forma simples para crianças e adultos”.
“Vamos fazer demonstrações e as pessoas podem experimentar e levar algumas experiências para casa”, assumiu Cláudia Sousa, investigadora. Já Rita Faria, outras das cientistas, afirmou que experiências irão servir, por exemplo, para explicar “o porquê do azeite e água não se misturarem” e “como se consegue espetar um palito num balão sem que este rebente”. Estas sessões serão constituídas por quatro a cinco investigadores.
A primeira sessão irá decorrer a 19 de Junho. Os utentes e acompanhantes das consultas externas serão os primeiros a conhecer aquele que é o dia-a-dia dos cientistas do Instituto Ibérico de Nanotecnologia.
