CIM Cávado poderá ficar com Recolhimento das Convertidas

O Palácio dos Biscainhos poderá ser um dos espaços a servir de moeda de troca para que o Recolhimento das Convertidas siga para a esfera da Comunidade Intermunicipal do Cávado (CIM Cávado). Os activistas voltam a alertar para o estado de degradação do monumento, mas o presidente da CMB delega no Estado a obrigação de cuidar do espaço, por enquanto. 

A resposta de Ricardo Rio foi fortemente criticada por Carlos Almeida, vereador da CDU, no final da reunião de câmara desta segunda-feira. 

O vereador, que levou o assunto à discussão tendo em conta a degradação do edifício, refere que esta questão revela “uma evidente hipocrisia” da CMB, acrescentando que “a Câmara pode tomar iniciativa nesta matéria”, tal como reclamava no passado (enquanto oposição) quando o município era governada pelo Partido Socialista.

Ricardo Rio desmentiu que enquanto líder da oposição tenha tomado as atitudes recordadas pelo vereador da CDU, apresentou disponibilidade do actual executivo em intervir na recuperação das Convertidas, mas referiu que esse passo apenas será dado com a passagem do imóvel para o poder local, no caso para a CIM Cávado e não directamente para a Câmara Municipal de Braga.

O Palácio dos Biscainhos (que hoje está nas mãos da CIM Cávado) deverá regressar às mãos do Estado, mas, segundo o autarca bracarense serão vários os imóveis a regressar para as mãos da CIM Cávado nesta troca que está a ser estudada. “Esperamos poder chegar a um entendimento, mas não tem sido fácil porque dentro do Estado há várias sub-organizações que querem compensações em função das cedências ou dos activos que venham a receber”, justificou Ricardo Rio.

No futuro, o Recolhimento das Convertidas será mesmo para um fim cultural?

O actual executivo sempre defendeu a requalificação do recolhimento das Convertidas para um fim cultural. Agora, Ricardo Rio afirma que se o espaço passar para as mãos da CIM do Cávado será requalificado para esse fim ou então um semelhante. “Poderá ser para um fim cultural. Atendendo à natureza do património e à sua localização não vejo muitas alternativas em termos de utilização que não seja algo social/cultural”.

Ainda assim, quando o Recolhimento das Convertidas passar a ser propriedade da CIM do Cávado, a requalificação do espaço deverá depender de candidaturas conjuntas a Fundos Comunitários, segundo as declarações do autarca bracarense que não adiantou que outros edifícios estarão nesta mesa de negociação de trocas entre Estado Central e CIM do Cávado.

Elsa Moura
Elsa Moura

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