Cinema Paraíso, em Famalicão, celebra 20 anos

Entre Julho e Agosto, Famalicão recebe a 20ª edição do Cinema Paraíso, um ciclo de exibição de filmes promovido pelo cineclube de Joane. O local de eleição para as sessões é o Parque da Devesa e este ano, num evento sempre itinerante, os filmes passam pelas freguesias de Cabeçudos, Lemenhe e São Simão de Novais.

O evento celebra um número redondo, que comprova, assinala o programador do cineclube de Joane Vítor Ribeiro, “a consolidação” do Cinema Paraíso. “O evento foi-se consolidando, nunca perdendo a ideia de levar cinema às populações: o Cinema Paraíso já foi a mais de trinta locais”, enaltece. No centro de Famalicão, o ponto de viragem e de afirmação total deu-se em 2013, quando o local de exibição de filmes passou a ser o anfiteatro natural do Parque da Devesa. “Todas as sessões têm largas centenas e até milhares de pessoas”, nota.

O cineclube de Joane tem uma programação sobretudo direccionada para a Casa das Artes de Famalicão, junto de um público fiel e cinéfilo. A pergunta impõe-se: como é a ginástica mental de programar, no verão, para milhares de pessoas?

“Tem que se lhe diga… Têm de ser sessões que falem para muita gente, ao mesmo tempo que é aplicado um critério, de que não abdicamos, de qualidade. Temos também, por exemplo, de ter cuidado quanto à classificação do filme, nunca programamos com classificações acima de maiores de 12”, explica.

O que Vítor refere espelha-se precisamente na programação do Cinema Paraíso de 2019: as sessões vão desde filmes blockbuster como a Missão Impossível até cinema de autor como o título “O Rio de Ouro”, de Paulo Rocha.

“É um programa com uma latitude muito vasta, vai desde filmes de animação, como o Homem Aranha – Universo Aranha ou a versão especial do Tim Burton de Dumbo, até ao Missão Impossível – Fallout, um filme popular, de entretenimento, mas que é grande cinema”. O programador reconhece que encaixar, na programação, “um filme com o Tom Cruise com um filme como “O Rio de Ouro”, de Paulo Rocha, é algo que dá muito gozo”.

Na efeméride especial dos 20 anos, o Cinema Paraíso passa este ano por três freguesias, quando em anos anteriores seguia em duas. Também a obra que dá nome ao ciclo, o filme “Cinema Paraíso”, é exibido num adro de uma capela, em Cabeçudos, aludindo a um dos cenários da longa-metragem. “O local que escolhemos, em conjunto com a junta de freguesia, quis fazer o diálogo com o filme, o que torna a sessão ainda mais interessante”, completa Vítor Ribeiro.

As sessões, todas de entrada gratuita, acontecem aqui:

I) Parque da Devesa (Quartas-feiras – Julho, Agosto)

10 de Julho – Bohemian Rhapsody de Bryan Singer

17 de Julho – Missão: Impossível – Fallout de Christopher McQuarrie

24 de Julho – Homem-Aranha: No Universo Aranha (versão portuguesa) de Peter Ramsey, Rodney Rothman, Bob Persichetti

7 de Agosto – Uma Aventura do Outro Mundo (versão portuguesa) de Christoph Lauenstein, Wolfgang Lauenstein, Sean McCormack

14 de Agosto – O Carteiro de Pablo Neruda de Michael Radford

21 de Agosto – Ou Nadas ou Afundas de Gilles Lellouche

II) itinerância pelas freguesias (11, 14 e 26 de Julho)

11 de Julho (Quinta-feira) – S. SIMÃO DE NOVAIS – Praça Jerónimo de Castro

DUMBO de Tim Burton

14 de Julho (Domingo) – CABEÇUDOS – Adro da Capela de Santa Catarina

CINEMA PARAISO de Giuseppe Tornatore

26 de Julho (Sexta-feira) – LEMENHE – Adro da Capela de Nossa Senhora do Carmo

O RIO DO OURO de Paulo Rocha

Pedro Magalhães
Pedro Magalhães

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