CIVITAS organiza manifestação pela protecção de vidas no Mediterrâneo

“Nos últimos anos, morreram mais de 17 mil pessoas no Mediterrâneo a tentar chegar à Europa”. Os números assustam e revoltam aqueles que “rejeitam a ideia de que os interesses politico-económicos se podem sobrepor ao salvamento de vidas humanas”.
A CIVITAS Braga organiza, esta tarde, pelas 18 horas, na Praça da República, uma manifestação que contesta “a decisão do Parlamento Europeu de rejeitar a criação de mecanismos de protecção de vidas no Mediterrâneo”.
À RUM, Luís Nuno Barbosa, vice-presidente da CIVITAS Braga, diz que o objectivo da concentração passa por “sensibilizar e pedir uma Europa mais Humana”.
“Acreditamos que a proposta garantia mais meios para o salvamento de pessoas, que já estão em condições de trânsito de migrantes legais, seriam muito positivas, no sentido de melhorar o estado das coisas. A ideia de abrir mais vias de trânsito de migrantes legais tem precisamente o objectivo de reduzir o tráfego por meios ilegais como é a travessia do Mediterrâneo”, afirmou.
A manifestação “foi marcada primeiramente para o Porto e Lisboa , pela associação Humans Before Borders, e a CIVITAS acreditou que se devia alargar a Braga, até porque dois dos três deputados portugueses , um votou contra e outro absteve-se, são do distrito de Braga”, apontou Luís Nuno Barbosa.
A CIVITAS Braga considera que os bracarenses estão sensbilizados com o tema e, por isso, espera “entre 50 e 100 pessoas” na manifestação.
“Dezassete mil pessoas no fundo do mar, porque a Europa não as quis salvar. Propôs-se um conjunto de medidas que visam a busca e o salvamento das pessoas que, há anos, arriscam a vida em busca de paz e segurança. As propostas foram chumbadas. A morte ganhou. Morreram milhares de pessoas às portas da Europa. Não aceitamos a indiferença. Todos juntos podemos ser a voz que fura o silêncio que cobre o Mediterrâneo de solidão e dar a mão a quem precisa desesperadamente de ajuda.É uma questão humanitária e não partidária”, pode ler-se no evento do Facebook.
